quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Vassala




 Mais uma vez vestida de luto, 
 Bruto o que assim te fez,
 Arrancando mais um filho  teu,
 Carregado pelo próprio rei.

Embriagada nestas trevas,
Sustentada não sei pelo  quê,
Despida de sua beleza,
Caminha sem nada ver.

Escrava do dia e da noite,
Que nem sombra consegue ter,
Isolada de todos  os outros,
Soturna  até o amanhecer.

A rainha branca voltou,
Diferente do olho abrasador,
Do insolente que teu filho arrastou,
Traz-te  unguento, alivia  a dor.

Madruga com a ancila,
Até o  majestoso voltar,
e  de forma grandiosa,
Sua cria a ela novamente dá.

Joerlândio Cordeiro

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