quarta-feira, 22 de julho de 2015

Duas Dicas Para Encarar Melhor o Vestibular

O vestibular certamente é um dos grandes desafios de um jovem. Talvez, o maior deles. Isso porque é neste momento que o estuante decide o que irá fazer para o resto da vida e, além disso, arcará com todas as dificuldades e consequências de sua escolha.
Uma vaga num curso concorrido, numa universidade conceituada, tem obviamente muitos candidatos. Não é nada fácil. Somando-se ainda a pressão da família e dos amigos, a falta de tempo (muitos trabalham e estudam!) ou ainda a falta de dinheiro, temos uma situação extremamente delicada, na qual a carga emocional pode levar facilmente ao estresse e ao desespero, impedindo que o vestibulando consiga se concentrar nos estudos.
Foi pensando justamente nisso que decidi escrever este artigo. Uma tentativa de mostrar aos candidatos mais ansiosos uma maneira diferente de olhar para esse período tão crítico. Farei minhas considerações em dois tópicos, para deixá-las mais claras.
  1. Este momento é decisivo, mas nem tanto.
    Eu sei que você está decidindo seu futuro, mas tenha calma. Tudo tem volta e essa não é sua única chance. Caso não seja aprovado, ano que vem poderá tentar novamente e, caso erre na escolha, não há problema em recomeçar. Tenho muitos amigos que chegaram a terminar um curso e, só depois, perceberam que não era o que queriam para sua carreira profissional. Mudaram, fizeram outra faculdade e se “deram bem” na vida. Ou seja, ao escolher errado, dá tempo de voltar sim!
  2. Não se preocupe com a prova e sim com seus concorrentes.
    Vejo muitos alunos com medo da prova, vasculhando notas de cortes de anos e anos atrás. Essa atitude, além de estressar, não faz o menor sentido. Afinal, não importa se o exame será fácil ou difícil, nem se a nota de corte foi alta ou baixa nas edições anteriores. O importante é você ir melhor que os outros. Por exemplo, caso um curso tenha 50 vagas e 1.000 candidatos, não importa se a prova será fácil ou difícil. Serão aprovados os 50 melhores candidatos. Portanto, sua meta é estudar o necessário para estar entre os classificados. Esqueça notas de corte e concorrência, pois só irá perder seu tempo. Deixe isso com os outros. Enquanto eles buscam tais informações, você estará estudando e se colocando entre os melhores.
Essas duas dicas, embora bastante simples, podem fazer toda a diferença neste momento. Afinal, a primeira fará com que você diminua, pelo menos um pouco, o peso que é enfrentar um vestibular. Já a segunda ajudará a manter a concentração nos estudos e na prova que está por vir, e não no que já passou.


infoEnem

Relação Entre o Arcadismo e a Filosofia de Rousseau

Temos analisado os Períodos da Literatura Brasileira, conteúdo cobrado no caderno de Linguagens e Códigos. Como o Enem é uma prova que valoriza a interdisciplinaridade, faremos uma ponte dessa matéria com um conteúdo de filosofia, cobrado no caderno de Ciências Humanas e que também pode ser utilizado na Redação.
Recentemente estudamos a escola literária conhecida como Arcadismo, cuja característica mais marcante é o conceito defugere urbem: a fuga das grandes cidades e da civilização, o retorno à natureza e a valorização da simplicidade.
O filósofo Jean-Jacques Rousseau viveu no século XVIII. Uma de suas principais obras é Do Contrato Social, na qual ele desenvolve sua teoria contratualista e define o estado de natureza do ser humano, ou seja, sua essência, seu aspecto natural, original. É válido lembrar que o estado de natureza é uma situação hipotética e metafísica.
É abordando o estado de natureza do homem, que Rousseau utiliza um dos termos mais lembrados de sua obra: o bom selvagem. A ideia é de que o ser humano tem uma natureza (essência) boa, com plena liberdade, mas que o convívio na sociedade civilizatória o corrompe, o modifica; e esse é um dos motivos que impedem que a civilização atinja o bem comum e a igualdade.
Fonte: Diário Catarinense
Fonte: Diário Catarinense
É comum relacionar a ideia de bom selvagem do Rousseau com o conceito de fugere urbem do Arcadismo. Essa relação faz sentido quando pensamos na fuga da civilização como forma de retorno à liberdade do indivíduo e à igualdade social. Entretanto, é importante não confundir o uso do termo “natureza”. No Arcadismo, defende-se realmente o retorno ao campo, à natureza no sentido de meio ambiente. Já Rousseau defende que a civilização corruptiva não afete a natureza do homem, no sentido de essência humana.
Para reforçar essa questão, recomendamos a leitura de um artigo de Catherine Larrère, da Universidade de São Paulo (USP), disponibilizado aqui.
Essa relação também pode ser abordada em redações com temas próximos ao discutido aqui. Por exemplo, no nosso Curso de Redação para o Enem, no qual são trabalhados 30 temas, no modelo do exame, com correção e acompanhamento semanal de professores especializados em Produção Textual. Um destes temas é Êxodo Urbano: a fuga das grandes cidades.