Não consigo fugir desse morcego.
Esta noite arrancou-me o cérebro.
Não nego que nada compreendo
Deste veneno que me enlouqueceu.
Escarrei na minha própria sorte,
Agora fujo dessa morte,
Que mesmo assim consigo ter.
Joguem essa carcaça ao lixo,
Deixem-me que corroam os bichos;
Corpo impregnado ao vício.
Joerlândio Cordeiro