Amo demais este, porém, infelizmente já não dá mais para
mim.
Fiz de tudo por ele e com ele com muito carinho.
Quando descolou, colei.
Quando rasgou-se, costurei.
Quando sujo, lavei.
Suportou-me por muitos caminhos que percorri
Entre pedras, areia, mato, lamaçal...
Foi meu companheiro por um longo período.
Mas o tempo passou, ele ainda está lá.
Eu o amo.
Mas não dá para mim;
Tenho que substituí-lo.
Ele ainda me suporta,
Mas aperta-me, machuca-me, faz-me sofrer.
Ele não é culpado, sou eu que cresci e mudei.
Adeus, meu par de sapato.
Joerlândio Cordeiro