Dando continuidade aos estudos de Literatura para o caderno de Linguagens e Códigos do Enem, abordaremos a escola literária do século XIX, o Parnasianismo, que teve seu marco inicial no Brasil em 1882, com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.
É preciso ressaltar que diferentemente do Realismo e Naturalismo que abordam temas com crítica à realidade, o parnasianismo representou na poesia um retorno ao clássico, o princípio do belo na arte, a busca do equilíbrio e a perfeição do formal.

O Movimento Parnasiano distancia-se da realidade e não tem como objetivo artístico tratar de problemas sociais e humanos e sim, alcançar a perfeição na sua construção: rimas, métrica, equilíbrio, imagens e vocabulário culto. Com referências a personagens da mitologia e o equilíbrio formal, o conteúdo dessa arte não passava de uma pintura artificial com o objetivo de ganhar prestígio entre as classes letradas da sociedade brasileira. A letra do Hino Nacional Brasileiro, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada, segue o estilo parnasiano, o que justifica a presença de uma linguagem culta e inversões sintáticas, que dificulta a compreensão.
Principais características da poesia parnasiana
- Quanto à forma: busca da perfeição formal, descrições, soneto, vocabulário culto.
- Quanto ao conteúdo: objetivismo, racionalismo, apego ao tradicionalismo clássico, presença da mitologia greco-latina, universalismo, arte pela arte.
Principais autores e obras
- Olavo Bilac (Poesias-1888, Crônicas e novelas-1894, Crítica e fantasia-1904, Tratado de Versificação- 1910).
- Raimundo Correia (Primeiros Sonhos-1879, Sinfonias-1883, Poesias-1898).
- Alberto de Oliveira (Meridionais-1884, Céu, Terra e Mar- 1914, O culto da Forma na Poesia Brasileira-1916).