Há pessoas que reclamam que
demoram para começar a escrever, pois ficam muito tempo pensando no que e
em como irão redigir uma redação, seja na escola ou no vestibular ou
concurso público, mas há também pessoas que relatam o mesmo que acabam sendo prolixas, isto é, usam palavras demais, já que não
sabem ou não são capazes de sintetizar o raciocínio e, consequentemente,
escrevem textos cansativos e longos demais.
Resumindo antes ou depois, podemos perceber a importância fundamental da reescrita no processo de produção textual. Como já dissemos em uma outra ocasião, autores consagrados reescrevem suas obras quantas vezes forem necessárias até atingirem seus objetivos. Ao escrever redações em casa ou na escola, obviamente há mais tempo e dedicação para a reescrita, o que não acontece no dia do Enem, por exemplo, mas quanto mais reescrever, melhor ficará e, no dia do exame, isso já fará parte do hábito e será realizado dentro do tempo disponível.
Ambos os casos geram nervosismo e
estresse, mas isto pode ser trabalhado por meio do ato de resumir. Em
outras ocasiões, já abordamos a importância do resumo anterior ao texto a
fim de planejá-lo e organizá-lo pensando – especificamente, na
dissertação-argumentativa, o tipo de texto pedido do Enem – na sua
estrutura básica (título, introdução, desenvolvimento e conclusão).
Normalmente, orienta-se que o
resumo seja feito antes da redação com este intuito, a fim do candidato
selecionar sua tese e seus argumentos principais e arquitetá-los por
meio das estratégias argumentativas (dados, exemplos etc) e, enfim, mas
não menos importante, elaborar a conclusão na qual geralmente deve
constar, no caso do Enem, a proposta de intervenção social.
O Enem possui esta
característica específica – a proposta de intervenção social – e, no
fundo, ela é um dos principais objetivos da prova de redação do exame:
abordar o tema a fim de elaborar uma proposta de solução para ele, já
que normalmente trata-se de uma questão ou um problema de cunho social.
Tendo isso em mente, existe a possibilidade de iniciar o rascunho pela
proposta de intervenção social e a partir dela planejar o restante da
redação, já que ela deve estar em consonância com o restante (tese,
argumentos principais e estratégias argumentativas).
Estas duas primeiras dicas
servem melhor, ao nosso ver, para aqueles que possuem dificuldades em
começar a escrever e a próxima é mais adequada para aqueles que são
prolixos.
A prolixidade não atrapalha no
início da produção texto nem no processo criativo, digamos assim, mas
faz mal ao planejamento da redação, já que nos vestibulares há um espaço
limitado por um certo número de linhas para se escrever, além do que,
posteriormente, na universidade, os professores pedirão artigos
científicos, relatórios, ensaios, projetos e monografias que também
terão um limite de linhas; daí a importância de não sermos prolixos.
A dica para estes casos é fazer o resumo entre a primeira versão e a
versão final, ou seja, o candidato deve escrever uma versão inicial e,
assim que a acabar, resumi-la e, finalmente, depois, passá-la a limpo na
folha definitiva da prova. Ao resumir a redação entre uma versão e
outra é possível selecionar os melhores argumentos, as melhores
estratégias argumentativas e organizar melhor o texto; é o que chamamos
de “passar a foice”, isto é, cortar tudo o que é desnecessário e prolixo
visando um texto mais objetivo e claro possível, já que a prolixidade
faz com haja repetições. A última versão deverá ser menor, melhor e mais
objetiva do que a primeira.Resumindo antes ou depois, podemos perceber a importância fundamental da reescrita no processo de produção textual. Como já dissemos em uma outra ocasião, autores consagrados reescrevem suas obras quantas vezes forem necessárias até atingirem seus objetivos. Ao escrever redações em casa ou na escola, obviamente há mais tempo e dedicação para a reescrita, o que não acontece no dia do Enem, por exemplo, mas quanto mais reescrever, melhor ficará e, no dia do exame, isso já fará parte do hábito e será realizado dentro do tempo disponível.
Como saber qual dica seguir?
Teste ambas (durante a lição de casa, no estudo autônomo e nas provas de
redação da sua escola, a fim de também testar o controle do tempo) e
analise em qual você saiu-se melhor, levando em conta seu conforto e
desempenho; converse com o seu professor, pois ele pode lhe orientar com
um olhar mais focado.
Já em relação ao nervosismo e ao estresse,
estudar e preparar-se é a melhor maneira de controlá-los, pois assim a
tranquilidade de saber que tudo o que era preciso foi feito toma conta.
Respirar fundo e pausadamente, algumas vezes, também ajuda, e muito, a
relaxar em um momento de tensão.
InfloEnem (adaptado)