quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Festa de Ano Novo

- Menina, que vestido lindo!
- É pra Festa de Ano Novo.
- Onde tu `vai`passar?
- Aqui em casa mesmo: da sala pra calçada.
- KKKKKKKKKK

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A responsabilidade de ter

- Mãe, me dá um cachorrinho...
- Filho, seu cachorrinho tá com fome, com frio...
- Ah, mãe, eu tô brincando.
- Mãe, meu cachorrinho morreu!!
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- Senhor, que belo filho que me desses.
- Mãe, tô com dor de cabeça, com febre...
- Ah, filho, tô assistindo... procure qualquer remédio e tome.
- Meu Deus, por que deixastes meu filho morrer?!
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>> Quando pedir e/ou receber algo, sempre receberá junto com a responsabilidade de cuidar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Cinco erros gramaticais


Dica 1: Mas e mais
 Ele queria dormir, mas precisava acordar cedo.
✘ Ele queria dormir, mais precisava acordar cedo.
A palavra mas, quando for uma conjunção, deverá ser empregada para conferir o sentido de oposição, podendo ser substituída por outras conjunções, entre elas, porém, contudo, todavia, entretanto etc. A palavra mais é empregada, principalmente, para conferir ideia de quantidade ou de intensidade, sempre em oposição à palavra menos. Exemplos: Aquele é o vinho mais caro do mercado; Dez mais dez é igual a vinte.
Dica 2: Porquês
Por que / Porque
✔ Não fui trabalhar ontem porque estava indisposto.
✘ Não fui trabalhar ontem por que estava indisposto.
Porque, junto e sem acento, é uma conjunção cuja função é ligar duas ideias, duas orações. Ela deve ser empregada quando a segunda parte apresentar uma explicação ou causa em relação à primeira. Já a forma por que, separada e sem acento, é um advérbio interrogativo de causa que deve ser utilizado quando pedimos por uma causa ou motivo, e não apenas em uma frase que termine com ponto de interrogação. Exemplo: Não sei por que ele não veio mais nos visitar.
Porquê / Por quê
✔ O funcionário pediu demissão, não sei por quê.
✔ O funcionário pediu demissão ontem, não sei o porquê.
✘ O funcionário pediu demissão, não sei porquê.
Porquê, quando escrito junto e com acento, pode substituir as palavras razão, causa ou motivo. É classificado como um substantivo, podendo ser flexionado no plural e vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. Por quê, separado e com acento, será utilizado no fim da frase, seja ela uma pergunta ou não. Exemplo: Não quiseram mais viajar e não explicaram por quê.
Dica 3: Agente / A gente
✔ A gente marcou de se encontrar na entrada do shopping.
✘ Agente marcou de se encontrar na entrada do shopping.
A gente é uma locução pronominal semanticamente equivalente ao pronomenós e deve ser conjugada na terceira pessoa do singular. Agente, conforme definição do dicionário Michaelis, é aquele “Que age, que exerce alguma ação; que produz algum efeito. O que agencia ou trata de negócios alheios. 2 Pessoa encarregada da direção duma agência.” Portanto, a palavra agente pode ser empregada apenas como substantivo comum e não deve ser confundida com a locução pronominal a gente. Exemplos: James Bond é o agente secreto mais famoso do mundo.
Dica 4: Para mim / Para eu
✔ Tem muito trabalho para eu fazer.
✘ Tem muito trabalho para mim fazer.
A expressão para eu deve ser empregada quando o pronome do caso reto “eu” assumir a função de sujeito na oração. Outra dica importante é observar a presença de um verbo: se o sujeito estiver seguido de um verbo no infinitivo que indique uma ação, não tenha dúvidas de que a maneira correta é para eu. Para mim é uma expressão que deve ser empregada quando “mim” exercer a função de objeto direto, já que “mim” é um pronome oblíquo que não pode exercer a função de sujeito quando esse apresentar um verbo posposto que indique ação. Assim sendo, “mim” não faz nada, quem faz sou eu, nós, vós, eles... Exemplos: Meu namorado trouxe uma caixa de chocolates para mim.
Dica 5: Meia / Meio
✔ Ela ficou meio triste depois da conversa de ontem.
✘ Ela ficou meia triste depois da conversa de ontem.
Meio pode ser advérbio de intensidade e numeral fracionário. Como advérbio, apresenta sentido de “um pouco”, sempre vinculado a um adjetivo. Lembre-se de que ele não varia, ou seja, não é flexionado, portanto, não existe meia triste, meia cansada, meia maluca etc. Contudo, se meio for numeral, virá acompanhado de um substantivo, dessa forma, concordará com o gênero: meia xícara, meio litro, meia hora etc.

Mamãe, emagreci!

O filho chega correndo e  diz a mãe:
- Mamãe, mamãe!
- Que é, meu filho?
- Veja, mamãe, emagreci. Este short deu certinho em mim.
- Ah, meu filho, você não viu que essa roupa não é sua? isso é a bermuda de seu pai.

JSC

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Verbos Irregulares – algumas dificuldades

 ... Disse uma moça algo assim: “ Se eles preverem (…)”, o que me trouxe à mente a dificuldade que alguns tempos verbais apresentam para grande parte das pessoas.
Vamos analisar detalhadamente o erro que a entrevistada cometeu e os motivos que possivelmente induziram-na ao engano.
O verbo empregado pela moça foi o ‘ver’, conjugado (ao menos, foi a tentativa dela) no Futuro do Subjuntivo. Esse verbo é classificado como irregular, o que significa que, ao longo da conjugação, seu radical sofre alterações. Para complicar, o tempo verbal também tem particularidades dignas de nota. Vamos a elas:
Existem, dentro dos paradigmas (modelos) de conjugação verbal, os chamados tempos primitivos e os tempos derivados. Isso significa dizer que há tempos que são ‘filhotes’ de outros. Os tempos primitivos são Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito do Indicativo e Infinitivo Impessoal. Sabendo-se esses três, podemos obter os demais tempos, a partir da aplicação de algumas ‘fórmulas’ quase matemáticas (não se assustem, é simples! Apenas subtração será envolvida hehe).
No caso específico do erro da entrevistada, o tempo que ela pretendeu empregar foi, como já dissemos, o Futuro do Subjuntivo. Esse tempo é derivado do Pretérito Perfeito do Indicativo e a ‘fórmula’ para a obtenção é a seguinte:
Tomemos o Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo VER:
Eu vi
Tu viste
Ele viu
Nós vimos
Vós vistes
Eles viram
Agora, vamos utilizar apenas a 3ª pessoa do plural: viram. A fórmula é a seguinte:
3ª pess pl – am = 1ª pess sing Futuro do Subjuntivo
Aí, a partir da 1ª pess, é só conjugar as outras, usando o novo radical obtido (radical secundário). Ficará assim, com as conjunções quando ou se que dão ‘uma mãozinha’:
Viram – am = (quando eu) vir
Quando/Se
Eu vir
Tu vires
Ele vir
Nós virmos
Vós virdes
Eles virem
Mas… esse não é o verbo “vir”? Não! É o “ver” mesmo! Se aplicarmos a mesma fórmula ao vir, obteremos o seguinte:
3ª pess pl = eles vieram
Vieram – am = (quando eu) vier
Quando/Se
Eu vier
Tu vieres
Ele vier
Nós viermos
Vós vierdes
Eles vierem
Outros verbos irregulares costumam apresentar dificuldade semelhante, como o pôr (quando eu puser); fazer(quando eu fizer); trazer (quando eu trouxer); dizer (quando eu disser); ter (quando eu tiver); manter(quando eu mantiver) e assim por diante.
E o que teria levado a moça a conjugar erroneamente esse verbo? Bem, se aplicarmos a mesma ‘fórmula de derivação’ a um verbo regular, o resultado obtido na 1ª pess sing do Futuro do Subjuntivo terá aparência de Infinitivo. Como no verbo cantar:
Pretérito Perfeito do Indicativo
Eu cantei
Tu cantaste
Ele cantou
Nós cantamos
Vós cantastes
Eles cantaram
3ª pess pl – am = 1ª pess sing Futuro do Subjuntivo = Cantaram – am = (quando eu) cantar
“Quando eu cantar”… Esse “cantar” fica parecendo Infinitivo, mas é mera coincidência, ele é mesmo o resultado da derivação. Como nos verbos regulares essa coincidência se repete, algumas pessoas se atrapalham e acabam usando o infinitivo e não a forma derivada, principalmente nos verbos irregulares que lhes parecem ‘estranhos’. A entrevistada cometeu esse deslize: usou o ‘prever’, como base para a conjugação, errando assim o tempo verbal, como usam por aí ‘quando eu pôr”, quando eu fazer” etc, todos resultados do mesmo equívoco.
Até a próxima!