terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DEUS GUARDA OS SEUS



Ano passado, minha esposa e meu filho de três anos viajaram. Eu fiquei em casa. Eles foram para o interior passar alguns dias por lá para rever a família.
No domingo pela manhã, eu estava em casa assistindo TV, na ocasião assistia um desenho animado que falava da História de Daniel na cova dos leões. Durante a exibição, senti algo perturbador que me fez lembrar meu filho. Foi muito estranho para mim; uma lembrança repentina.
Mesmo diante desse fato, fiquei em paz. Continuei assistindo ao filme. Pensei em ligar, mas não o fiz.
O domingo passou,  minha esposa chegou e já era madrugada do domingo para a segunda. Olhei para meu filho e vi que estava tudo bem. Só então, na manhã da segunda, é que minha esposa contou o  ocorrido.
No domingo pela manhã, no horário em que eu estava assistindo ao filme, minha esposa, a irmã dela  e meu filho foram visitar uma tia. Ao chegar lá, ficaram todos conversando na sala enquanto meu filho, com uma outra criança, estavam brincando no quintal. Após  alguns minutos, a criança da casa chegou gritando que meu filho estava perto do cachorro. Esse animal era o vigia da casa. Como é de costume em sítio, ele era criado  amarrado em uma corda comprida.  Esse cachorro não tinha contato com ninguém, nem seus próprios donos que, para alimentá-lo, colocavam a ração  em uma vasilha que ficava na ponta de uma longa vara. Era muito bravo. Ninguém jamais ousaria se aproximar.
Nesse dia, meu filho brincava no quintal quando viu uma bola, como qualquer criança, inocentemente, foi pegá-la para brincar; esta estava ao lado do cão. Quando a criança que mora na casa viu, entrou em desespero e foi chamar os adultos que conversavam na sala.
Foi  momento de aflição, todos  da casa entraram em pânico porque sabiam que ao chegar lá, o cachorro já teria estraçalhado a criança. Contudo, neste momento, minha esposa sentiu algo diferente de todos: uma paz tomou conta dela. Ao chegar lá, ela viu meu filhinho com a bola na mão ao lado do cachorro  que se encontrava deitado, imóvel."Era como se estivesse dormindo", ela contou.
Meu filho ficou sem entender o porquê de tanta gritaria, pois as pessoas estavam aflitas diante daquela cena. Ainda para aumentar a aflição dos seus familiares, ele  começou a chorar e reclamar dos espinhos que haviam entrado em seus pés. Minha esposa calmante o chamou e ele veio vagarosamente até sair da área de ataque daquele animal.
Quando ela me contava essa história, então me veio a lembrança da angústia que eu tinha sentido. Isso foi um sinal em minha vida que Deus  protege os seus.
                                                                    
              Joerlândio Cordeiro