sábado, 6 de abril de 2013

FIGURAS DE LINGUAGEM


FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”


a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”


a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) “Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.


a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem

A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagem escrita.  O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
pesquiza (em vez de pesquisa)
prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

e) pleonasmo vicioso:  consiste na repetição desnecessária de uma ideia.
O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.
Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é considerado vicioso.

f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
O menino repetente mente alegremente.

A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagem escrita.  O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
pesquiza (em vez de pesquisa)
prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

e) pleonasmo vicioso:  consiste na repetição desnecessária de uma ideia. O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.
Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é considerado vicioso.

f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
O menino repetente mente alegremente.


A VERDADE DO DIABO



Um dia Jesus  descendo para ver como estava a Terra, no caminho encontrou o Diabo.
- De onde vens?
- De rodear a Terra  e passear por Ela.
- Tens visto meu povo?
- Teu Povo?! Que Povo?
- O Povo que deixei na Terra para me servir e adorar.
- Onde está esse povo?
- Nas igrejas, principalmente.
- Ah... Tu deves estar enganado.
- Enganado?! Por quê?
- Porque  há muitos me servindo também.
- Mas  morri por eles.
- Morreu por quê?
- Para salvar suas almas.
-Isso é passado. Hoje estão   atrás de cura e enriquecimento próprio.
- Ensinei sobre a  humildade...
-  O quê?! Agora é prosperidade: Eles  querem emprego, mansões, iates, muito dinheiro... E  mais, salvação é coisa que quase nem se fala. É  um comércio:  Toma lá, dá cá!
- Mas  ensinei que de graça deveria  receber e de graça deveria dar.
- Agora vendemos de tudo: Tijolo, lenço, travesseiro, tapete, chaveiro, meia, água, vela...
-  Ensinei que não deveria fazer comércio da casa de meu Pai.  Também ensinei que, na casa de meu pai, todos deveriam se reunir com o propósito de louvá-Lo.
- Tu ainda estás nessa?!  Quem não pode ir, usa o cartão de crédito, cartão de débito,  boleto bancário, depósito.  Dividimos tudo em várias vezes. 
Outra hora a gente conversa. Tenho pressa, pois preciso continuar distorcendo tuas palavras.

Então, o Diabo foi embora, e Jesus  desceu até a Terra e  retornou entristecido  para o Céu.
Moral: Nem sempre o Diabo conta só mentira.





A MORTE DO PECADO

--Condeno o réu Kevin Bacon à pena de morte por injeção letal... Será realizada à meia-noite... Terça-feira!
Kevin Bacon, 32 anos, negro, pobre, órfão  de pai, desempregado, muitas vezes para sobreviver catava lixo para reciclagem, e com algumas passagens por roubo em diversas delegacias da cidade.
Desta vez preso e condenado pela morte de uma família: pai, mãe e duas crianças. Crime esse que ele negou até a condenação.
Kevin Bacon foi encontrado em sua casa com uma arma  de um crime que tinha ocorrido dois dias atrás. Foi levado à prisão.
Kevin alegava que tinha encontrado a arma no lixeiro enquanto catava papel para reciclar. A arma encontrada era uma faca de mesa pequena.  Testemunha alegou ter visto Kevin no dia do crime.
-- Ele estava lá! É ele mesmo.  -- Disse a única  testemunha. Uma moradora de rua que dormia  alguns metros do local do crime. 
 Eram duas criancinhas de colo. O pai trazia uma e mãe outra. Eles vinham da igreja, nove horas da noite quando, dois quarteirões de sua casa foram abordados por um marginal que cometeu o crime. Durante a abordagem o bandido  atirou na família. Era uma arma de calibre 12. Diante de tal crueldade, ainda para roubar as alianças, o criminoso cortou os dedos das vítimas e fugiu.   
 Terça-feira, dia da execução , 10:00 da noite...
O Juiz, Denis  Hill deita para dormir após o longo dia de trabalho. Dorme e sonha com Kevin Bacon gritando e se batendo após tomar a injeção na  cama da morte. Ele acorda perturbado com aquele sonho. Denis Hill era um Juiz  de linha, que já tinha condenado vários  criminosos à pena de morte.
Enquanto isso, na prisão...
-- Kevin Bacon, gostaria de dizer suas últimas palavras? – Perguntou um dos responsáveis pela execução.
-- Eu sou inocente! Deus, tenha piedade de mim!... Perdoai-me, Senhor, pelos pecados que cometi, mas esse, Senhor, tu sabes  que  não fiz. – Disse Kevin chorando em cima da cama da morte, amarrado e com as agulhas espetadas em seu corpo. Quando, de repente,  entra o  Juiz transtornado e com o rosto transfigurado na sala de execução e diz:
-- Solta o rapaz e deixe-o ir. Ele é inocente!
-- O que aconteceu, senhor? – Perguntou um dos policias que estava na sala.
 -- Nunca tive tal pesadelo. Jamais  sofri tanto para  dormir. Nunca tinha escutado vozes e me perturbado tanto... Eu escutei a voz de Deus.
--Mas, Excelência, o senhor não acredita em Deus. Eu já ouvi o senhor dizer isso. – Disse o policial confuso.
-- É, meu amigo... Sempre há um dia em que o próprio homem, mesmo não acreditando, mesmo tentando fugir, um dia ele será descoberto  pela justiça. E hoje este homem – Aponta o juiz para si mesmo – Foi descoberto. Deus me descobriu.
Como passei minha vida fugindo de Deus e ele me encontrou, a partir de agora, vamos procurar o verdadeiro criminoso e a ele fazer justiça. – Concluiu o Juiz.
Alguns dias depois, o verdadeiro criminoso foi encontrado e condenado à morte.
O Juiz Denis Hill e o ex-réu Kevin Bacon procuraram e hoje fazem parte da mesma igreja.

>> Muitas vezes, Deus precisa fazer um reboliço em sua vida para conquistar novos verdadeiros  seguidores.
>> Neste caso, tiveram  que morrer dois homens para surgirem duas novas vidas. 



 
Joerlândio Cordeiro