sábado, 20 de abril de 2013

PRONOMES DE TRATAMENTO





Pronomes de tratamento
Abreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Usados para:
Você
V.
VV.
Usado para um tratamento íntimo, familiar.
Senhor, Senhora
Sr., Sr.ª
Srs., Srª.s
Pessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais respeitoso
Vossa Senhoria
V. S.ª
V. Sª.s
Pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos, etc.
Vossa Excelência
V. Ex.ª
V. Ex.ªs
Usados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa Eminência
V. Em.ª
V. Em.ªs
Usados para Cardeais.
Vossa Alteza
V. A.
V V. A A.
Príncipes e duques.
Vossa Santidade
V.S.
       -
Para o Papa.
Vossa Reverendíssima
V. Rev.mª
V. Rev.mªs
Sacerdotes e Religiosos em geral.
Vossa Paternidade
V. P.
VV. PP.
Superiores de Ordens Religiosas.
Vossa Magnificência
V. Mag.ª
V. Mag.ªs
Reitores de Universidades
Vossa Majestade
V. M.
V V. M M.
Reis e Rainhas.
Observação importante:
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo:
Vossa Senhoria está feliz.

O EU POÉTICO

Precisamos estabelecer as diferenças que demarcam o eu poético e o autor, haja vista que o primeiro foi criado para expressar as ideias do segundo.
O texto poético deve apresentar características indispensáveis, tais como: subjetividade, emoção, lirismo, entre outras. Partindo desse princípio, levantamos um questionamento que se mostra relevante: haveria um ponto de contato, uma semelhança, enfim, uma afinidade, entre quem escreve (no caso, o autor) e o enunciador de um poema, ou seja, a voz que fala, que se expressa dentre desse?
Assim, analisemos as palavras de um renomado crítico, Yves Stalloni, fazendo referência à concepção do eu lírico:
[...] O lirismo é a emanação de um eu – que o romantismo gostava de confundir com a pessoa do poeta, mas que pode se apagar por detrás de uma de suas personagens. 
STALLONI, Yves. Os gêneros literários. Rio de Janeiro: Difel, 2001, p. 151.
Por meio delas, dá-se a entender que não podemos confundir tais elementos, haja vista que autor é quem cria, notadamente, e o eu poético representa um ser criado para expressar as emoções intuídas pela autoria do poema.
Quando lemos uma poesia, além de sabermos que se trata de um texto diferente daqueles que contêm início, meio e fim, damos atenção a outros detalhes e nos perguntamos se toda aquela emoção expressa pelas palavras é constituída pelo próprio autor ou se pertence a outra pessoa.
Quando falamos “eu poético” estamos nos referindo à voz que se expressa dentro do poema, ou seja, aquela voz responsável por nos transmitir sentimentos e emoções. 
 O eu poético é a voz que fala, que expressa sentimentos dentro do poema; e autor é quem o cria.

DEUSA PROIBIDA



Na fúria da beleza,

A natureza construiu

Diversos monumentos,

Mas há um em que me contento

Em todo esse infinito,

Entre eles o mais bonito:

És tu quem mais admiro.


Despojada em cabelos pretos,

Cintura bela,

Que lindas pernas!

Mulher, o que te falta mais?!


Pele linda e macia,

Jeito meigo e sorridente,

Voz suave e eloquente.


Estou completamente perdido.

Fui abduzido, talvez seduzido.
Entendo, deusa-mulher,

Que  é um amor proibido.



Mas desafio o perigo,

Prefiro assim  fazer

Do que aos poucos  morrer

E nunca ter coragem de dizer

Tudo o que há em mim.


Fingindo não ser assim

Sofreria muito mais

Nas lembranças de um belo passado.

Nesse tempo todo afastado

Do teu corpo inteiro desgarrado

Não consegui  nem  teu cheiro esquecer.


Assim me provocas sem quereres me provocar.

Infinita ilusão!

Até quando essa situação

Conseguirei aguentar?!


Às vezes tímida,  delicada
De beijos ardentes, direta e compreensiva,

Apaixonada, romântica e devotada.

Caminharei com mágoa,

Se ao longo da estrada

Deste amor proibido,
Um pouco não ser correspondido.
Manterei  para sempre, 
Meu amor, tudo escondido.


Joerlândio Cordeiro