sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Diferença entre assunto e tema na redação do Enem 2014


A segunda competência analisada na correção da Redação do Enem é “compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.” Ou seja, trata-se da adequação da dissertação quanto ao tema proposto.
São consideradas faltas graves, nessa competência, a fuga e o tangenciamento ao tema. Mas qual a diferença entre elas?
Fugir ao tema é abordar algo completamente diferente do proposto. Tangenciar o tema é fazer uma abordagem parcial do tema, estando dentro do assunto, ou seja, trabalhar o assunto ao invés do tema.
Porém, temos aí um novo problema a entender: precisamos diferenciar assunto e tema. Para isso, observe a figura abaixo:
Veja que assunto é algo mais amplo e que o tema está dentro do assunto. Podemos pensar em tangenciamento nos recordando do significado de tangente em matemática, como ilustrado na figura. Logo, tangenciar o tema é passar superficialmente pelo campo do tema, adentrando o campo do assunto.
Para treinar essa diferenciação e garantir que sua redação não receberá desconto de pontos (no caso de tangenciamento) ou será zerada (no caso de fuga), nos próximos dias, lançaremos uma lista de possíveis temas acerca de vários assuntos que consideramos importantes e atuais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fordismo, Toyotismo e Mayoismo no Enem


As questões do Enem costumam envolver mais do que uma área de conhecimento e, muitas vezes, aplicar teoria na prática. Um exemplo disso é o recorrente aparecimento de teorias administrativas abordadas através de fatos históricos e questões geopolíticas no caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias.
A administração pode estar presente de várias maneiras no Enem. Já mostramos, inclusive, que finanças é um dos conteúdos cobrados no caderno de Matemática (Veja o artigo sobre Matemática Financeira). Agora, vamos estudar as principais teorias administrativas que são recorrentes e/ou possíveis de serem abordadas no Exame.

1) Taylorismo / Fordismo

Frederick Taylor publicou em 1911 os Princípios de Administração Científica, usado para defender um modelo racional de gestão, que ficou conhecido como Taylorismo, focando na divisão de tarefas entre os trabalhadores a fim de otimizar o processo produtivo, ou seja, realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e custo.
A empresa mais conhecida a utilizar essa teoria foi a Ford Motor Company. Em 1914, Henry Ford estruturou a primeira linha de montagem automatizada, cujas características eram a produção em massa e a simplificação e padronização da produção.
Na linha de montagem da Ford, os veículos eram montados em esteiras e o operário era “fixado”, com o objetivo de eliminar movimentos inúteis (mínimo esforço) e realizar operações simples, sem a necessidade de qualificação do trabalhador (mínimo custo). Esse cenário pode ser visualizado no filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin.
Outro ponto importante do Fordismo é a rigidez do modelo. A Ford produzia apenas um padrão de carro, o Ford Modelo T. Inclusive, uma frase de Henry Ford ilustra a situação: “O cliente pode ter o carro da cor que desejar, contanto que seja preto.”. Isso porque a tinta preta secava mais rápido possibilitando que o carro fosse produzido mais rapidamente.

2) Toyotismo

A empresa Toyota Motor Corp. foi fundada em 1933 por Eija Toyoda. Isso mesmo! O Toyoda fundou a Toyota! O Sistema Toyota de Produção (STP) foi desenvolvido entre 1948 e 1975 e é utilizado até hoje em muitas empresas.
O STP é também conhecido como Manufatura Enxuta e tem como filosofia a redução de custos através da minimização de sete desperdícios: super-produção, tempo de espera, excessos de transporte, processamento, inventário, movimento e defeitos.
A super-produção significa produzir mais do que necessário, ou seja, a criação de estoque. A técnica utilizada para eliminação do estoque ficou conhecida como just-in-time, traduzindo, apenas na hora. Nada deve ser comprado, transportado ou produzido senão no momento necessário. Essa é uma das características mais fortes do Toyotismo.

3) Mayoismo

Em oposição às teorias já apresentadas, Elton Mayo desenvolveu um método administrativo focado nas relações humanas. Para isso, ele teve como inspiração sua chefia em uma experiência na indústria Western Eletric Company, onde observou a preponderância do fator psicológico no desempenho dos operários no trabalho.
A partir daí, uma nova ideia de trabalhador surgiu. Era necessário ver o trabalhador como um ser humano, dotado de emoções e perspectivas, guiado pelo sistema social em que vive e por suas demandas biológicas. A Teoria Humanista não permitia ver o operário como um ser simples e mecânico, como as máquinas.
Outro psicólogo de destaque nessa teoria foi Abraham Maslow, conhecido por representar as necessidades do ser humano em cinco pilares hierárquicos. Isso é conhecido como a Pirâmide de Maslow. A base da pirâmide é representada pelas necessidades básicas, como fome, sede e sono. Acima, há a necessidade de segurança seguida pela necessidade de relacionamento social, como amores, amigos e família. Depois, a necessidade de estima, como confiança e respeito. Por último, a necessidade de auto-realização, ou seja, ser tudo aquilo que é possível; uma espécie de ideal que todo ser humano deseja alcançar. 

InfoEnem

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Redação do Enem: Liberdade de Expressão X Discurso de Ódio


A grade de correção da redação do Enem possui um item específico, próprio do exame, que diz respeito à elaboração de uma proposta de intervenção social – a quinta competência avaliada pela banca – que deve ser desenvolvida acerca do tema que, por sua vez, tem como tradição ser de cunho social e estar contextualizado no cenário brasileiro.
Nesta competência, o candidato deve elaborar uma proposta de intervenção social plausível, ou seja, que possa, na realidade, ser colocada em prática e, se possível, com detalhes. A ausência de uma proposta de intervenção social em uma redação do Enem resulta na nota zero na quinta competência avaliada pela banca.
Apesar desta especificidade da prova de redação do Enem, a proposta de intervenção social pode ser elaborada em demais exames nos quais os temas das propostas de redação exijam ou possibilitem o desenvolvimento de uma solução ou de uma resposta a uma pergunta.
Alguns vestibulares, nos temas das provas de redação, questionam os candidatos e, assim, requerem que estes respondam a uma pergunta. Podemos tomar como exemplos alguns temas de redação dos vestibulares da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP:
  • “Há exagero na relação entre humanos e animais de estimação?” – 2008 (meio de ano):
  • “O homem: inimigo do planeta?” – 2009
  • “A bajulação: virtude ou defeito?” – 2012
  • “Corrupção no Congresso nacional: reflexo da sociedade brasileira?” – 2014
Temas como estes exigem uma resposta por parte dos candidatos e a ausência de uma resposta configura como um não cumprimento total do tema e da proposta de redação.
Além da obrigatoriedade da resposta, o candidato deve atentar-se para a qualidade desta resposta que, por sua vez, deve estar em consonância com o restante do texto, ou seja, de acordo com o tema e com os argumentos desenvolvidos ao longo da dissertação-argumentativa.
A resposta ou a intervenção social, além de estarem de acordo com o restante do texto, isto é, além de serem coerentes devem respeitar os direitos humanos e, portanto, não devem ser exemplos de discursos radicais e fundamentalistas. Não podemos confundir liberdade de expressão com discurso de ódio.
A liberdade de expressão é uma garantia constitucional, mas quando por meio dela um discurso de ódio de cunho preconceituoso, racista, homofóbico, xenofóbico, machista, fundamentalista etc é proferido devemos nos posicionar de maneira contrária, já que devemos buscar viver em uma sociedade mais amigável que debata, sem ferir os direitos humanos, questões que dizem respeito a grupos sociais alvos de preconceitos como homossexuais, travestis, transexuais, transgêneros, negros, índios, mulheres dentre outros.
Podemos exemplificar a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio relembrando a fala do então candidato à Presidência da República Levy Fidelix no debate promovido pela rede Record de Televisão no dia 29 de setembro último. Ao ser questionado pela então candidata Luciana Genro acerca das família homoafetivas, Fidelix declarou-se contra a questão, o que configura liberdade de expressão, porém, ao afirmar que deve-se combater e enfrentar essa minoria (a população LGBT) e mantê-la longe dele o candidato proferiu um discurso de ódio.
Além disso, Fidelix mostrou que, além de não respeitar a população LGBT, confunde temas, já que relacionou homossexualidade com pedofilia (talvez o fez propositalmente) ao mencionar que o Papa Francisco expulsou do Vaticano um padre pedófilo. Homossexualidade e pedofilia são questões distintas e a fala do candidato, ao tecer esta relação equivocada,coloca que todo homossexual é pedófilo, o que é um erro grosseiro.
Discordar de algo é normal, é um direito, mas colocar-se contra ao ponto de proferir um discurso de ódio não é normal e temos o dever de combater este tipo de declaração a fim de conscientizarmos as pessoas sobre a importância do respeito e da educação.
O Enem, ao colocar como exigência a consonância para com os Direitos Humanos, não está apenas sendo politicamente correto, mas também está promovendo uma conscientização de seus candidatos.
Portanto, não devemos confundir, em nossas redações e em nossas vidas, liberdade de expressão (que deve ser promovida, acima de tudo, de modo educado e respeitoso) com discurso de ódio.



InfoEnem

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Redação no Enem: Cuidados na Coerência



O tipo textual exigido na prova de redação do Enem, a dissertação-argumentativa, assim como todo tipo e todo gênero tem sua estrutura composicional, seu tema e seu estilo e todos estes aspectos devem estar presentes de maneira planejada e organizada de modo que o texto seja coerente.
Uma dissertação-argumentativa coerente é aquela que estabelece uma relação harmônica entre ideias, informações, fatos e argumentos e é uniforme em seu todo. Para obter esta harmonia e uniformidade e, consequentemente, coerência, é essencial atentar-se a alguns pontos essenciais.
Os argumentos apresentados não devem estar escritos de maneira confusa ou desordenada nem devem estar postos de modo a parecer uma lista de comentários aleatórios com pouca ou nenhuma relação com o tema da proposta de redação. Textos confusos e bagunçados denotam nenhum ou um mau planejamento e não cumprem satisfatoriamente a questão da abordagem do tema, já que “atiram para todos os lados”, pois não relacionam-se entre si e/ou com o ponto de vista defendido ou ainda são contraditórios.
Os argumentos também não devem ser escritos de maneira circular, ou seja, de maneira em que não há progressão temática. Trata-se de dissertações-argumentativas que abordam, apenas, um aspecto, uma informação, um fato ou um argumento e não progride, isto é, não avança no raciocínio e, por isso mesmo, é circular.
Tratando-se, agora, especificamente da qualidade dos argumentos, para haver coerência, estes não devem ser tratados de maneira superficial, ou seja, com pouco ou nenhum desenvolvimento. Não basta opinar, deve-se argumentar e aprofundar esta argumentação em relação a tese e ao tema da proposta de redação.
O desenvolvimento argumentativo ruim gera lacunas para o leitor, isto é, o leitor fica com dúvidas em relação às afirmações feitas pelo autor do texto e isso não pode acontecer, já que o autor coloca-se como a voz da verdade e da razão ao defender um ponto de vista sobre determinado tema. O leitor não pode perguntar-se “como” ou “por quê” certas afirmações foram feitas.
Outra consequência do mal desenvolvimento é a questão das digressões, ou seja, das quebras argumentativas. Elas ocorrem quando o autor apenas menciona algo, não o desenvolve e já aborda outro aspecto muito distante do primeiro. Textos coerentes não têm digressões.
Dissertações-argumentativas ideais são completas, ou seja, são escritas organizadas em torno da estrutura clássica do tipo textual (introdução, desenvolvimento e conclusão) sem desequilíbrio entre essas partes, isto é, todas são desenvolvidas de maneira igualitária e sem haver contradições entre elas. Por exemplo, a conclusão não deve contradizer a tese e vice e versa. Todos os argumentos devem ser desenvolvimentos e não apenas um ou outro e todos devem convergir para o ponto de vista defendido, além de não haver lacunas ou digressões entre eles.
Normalmente, a maioria dos alunos ao escrever uma dissertação-argumentativa na escola, no Enem ou em qualquer exame, na introdução, indica os principais argumentos que abordará em relação ao tema proposto pela prova de redação. A principal orientação é: desenvolva todos os argumentos indicados na introdução de seu texto; não deixe nenhum de fora, pois todos devem ser desenvolvidos de maneira profunda e coesa para haver coerência.

InfoEnem

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A Interlocução na Dissertação-Argumentativa



A dissertação-argumentativa é um tipo textual da esfera escolar, ou seja, um tipo de texto ensinado e escrito no ambiente escolar, e somente nele. Ao concluirmos o Ensino Médio, partiremos para o ensino superior e/ou para o mercado de trabalho e nunca mais escreveremos uma dissertação-argumentativa, já que trata-se de um tipo textual escolar. Escreveremos gêneros da ordem do dissertar e do argumentar, como por exemplo, artigos de opinião, resenhas, editoriais, cartas do leitor, cartas denúncia, manifestos etc, mas a dissertação-argumentativa clássica, do modo como conhecemos, não mais.
Devemos este fenômeno ao fato de a dissertação-argumentativa ser um tipo textual que necessita de uma simulação para ser escrita, já que é um tipo textual escolar. Isto quer dizer que não há uma situação de produção efetiva, próxima à realidade; não há uma motivação real. As propostas de redação produzidas pelas livros didáticos, pelas apostilas, pelos professores e pelos vestibulares são simulações, diferente de alguém que, movido por uma motivação, escreve uma carta do leitor a um jornal criticando uma reportagem, por exemplo.
Dissertações-argumentativas não possuem um leitor alvo como um artigo de opinião em uma revista e sim têm como leitores, somente, professores e corretores de redação dos vestibulares, mas por ser uma simulação, devemos imaginar, ao escrevermos dissertações-argumentativas, um leitor universal.
Esta situação simulada deve ser imaginada pelo candidato, no momento da prova de redação do Enem, por exemplo, pois a dissertação-argumentativa é um tipo textual por meio do qual ele demonstra sua habilidade de analisar de modo coerente o tema proposto, com o objetivo de defender um ponto de vista claro a respeito deste mesmo tema. Assim, o candidato deve demonstrar sua habilidade em organizar ideias, informações, dados, fatos – isto é, argumentos – e estabelecer relações entre eles de modo a extrair conclusões coerentes. Portanto, deve haver a defesa de uma tese e uma conclusão coerente com esta tese.
Um candidato ao Enem ou a qualquer outro vestibular ou concurso deve colocar-se, como autor de uma dissertação-argumentativa, como alguém que possui a voz da razão, a voz da verdade e do bom senso e idealizar um leitor universal que seja dotado de razão e, assim, construir um texto sem marcar a interlocução, ou seja, escrever de modo impessoal.
Podemos demonstrar como deve ser a interlocução por meio do seguinte esquema:
Como a interlocução não deve ser marcada em uma dissertação-argumentativa, o autor deve deslocar-se da situação de produção escrita do vestibular e, assim, evitar o uso da 1ª pessoa do singular, evitar referir-se à coletânea de textos e à proposta de redação, evitar marcar a interlocução com o leitor não usando o modo imperativo, por exemplo e não pressupondo que o leitor conheça a coletânea textual e/ou a proposta de redação.

InfoEnem

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

6 Pontos Fundamentais na Redação do Enem



1. Cumprimento do Tema
Para se obter a nota máxima, é fundamental que o candidato cumpra o tema integralmente. Como exemplo, o tema da redação do Enem 2013 foi “Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil” e, neste caso, o candidato deveria ter escrito uma dissertação-argumentativa que explorasse, justamente, os efeitos, os resultados, as consequências da implantação da Lei Seca no Brasil, concordando ou discordando desta implementação e propondo uma ação de intervenção social para esta temática a fim de abrandar a lei (caso discordasse da mesma) ou de torná-la mais rígida.
O candidato que redigiu uma redação abordando outra lei, como a Maria da Penha, por exemplo, ou que abordou a Lei Seca de outros países, esquecendo-se do contexto brasileiro ou, ainda, que escreveu sobre a legislação brasileira em geral não cumpriu o tema de maneira integral e, portanto, o tangenciou.
Já o candidato que escreveu sobre meio ambiente, sobre as manifestações de junho de 2013, sobre a Copa do Mundo da FIFA no Brasil ou sobre qualquer outro tema que nada tenha ver com os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil fugiu do tema e, por isso, teve sua redação anulada.
O fundamental, em relação ao cumprimento do tema, é abordá-lo em todos os aspectos postos pelo comando da tarefa, pois uma prova de redação, nada mais é, do que uma tarefa a ser cumprida. No exemplo que demos, do Enem 2013, a tarefa dada pelo comando era expôr um ponto de vista sobre os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil.
2. Cumprimento do Tipo Textual
O tipo textual requerido pela prova de redação do Enem é a dissertação-argumentativa. Deste modo, o candidato que escreve um outro tipo textual ou um outro gênero não cumpre este aspecto da proposta e tem o seu texto anulado. Já o candidato que, eventualmente, escrever um texto híbrido, isto é, um texto que mistura tipos ou gêneros textuais terá uma nota muito aquém do esperado, já que a tarefa exige uma dissertação-argumentativa completa e, por isso mesmo, também não deve ser uma dissertação-argumentativa incompleta, sem alguma parte de sua estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) nem deve existir um desequilíbrio este estas partes, ou seja, uma parte ser melhor desenvolvida do que a outra.
Portanto, para se obter uma nota máxima na redação do Enem, o candidato deve escrever uma dissertação-argumentativa completa, sem falhas ou desequilíbrios.
3. Cópia Integral dos Textos Motivadores
A coletânea de textos motivadores do Enem tem dois objetivos: (a) apresentar o tema para aquele candidato que não o conhece ou que teve pouco contato com ele e (b) inspirar e motivar aquele candidato que já conhece e/ou domina aquele tema. Este conjunto de textos não deve ser copiado pelo candidato e sim utilizado de maneira crítica a fim de tecer relações, criar contrapontos, fornecer exemplos etc.
Deste modo, a redação que não passa de uma cópia integral dos textos motivadores é anulada, pois, quando isto acontece, o candidato apenas copiou ao invés de escrever uma texto próprio.
4. Cópia Articulada dos Textos Motivadores
Além da cópia integral, a grade prevê a cópia articulada, ou seja, uma cópia dos textos motivadores na qual o candidato conecta partes da coletânea com algumas palavras e/ou construções próprias. Os corretores são capazes de notar quando isto ocorre porque conhecem muito bem a proposta e a coletânea de textos motivadores da proposta de redação e, nesses casos, a nota é muito baixa.
5. Identificação da Redação
Para haver total isenção e imparcialidade na correção, os corretores não podem e não devem saber quem são os autores das redações e, por isso, as provas não devem estar identificadas com as assinaturas dos candidatos. Em alguns vestibulares, textos identificados são anulados automaticamente, isto é, nem ao menos são lidos pelos corretores. Portanto, para evitar anulações, os candidatos de todos os vestibulares, inclusive do Enem, não devem assinar suas redações.
6. Número Insuficiente de Linhas
No Enem, dissertações-argumentativas com menos de sete linhas são anuladas de maneira automática, assim como as identificadas. Por isso e para escrever um texto completo, com toda a sua estrutura presente e equilibrada, o candidato deve escrever mais do que sete linhas. Geralmente, uma dissertação-argumentativa completa contém, mais ou menos, 25 linhas. Em seus estudos, o candidato deve ter como objetivo, assim, escrever redações com uma média de 25 linhas ou que usem todas as linhas da folha definitiva, tomando cuidado, claro, para não ultrapassá-las.
Em alguns vestibulares, textos com até quinze linhas ou menos têm pontos descontados, já que este número de linhas não é suficiente para explorar adequadamente o tema da proposta de redação.
Atentando-se para estes seis pontos em sua preparação, o candidato estuda de uma maneira mais adequada e focada para atingir a nota máxima na redação do Enem.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

6 técnicas para ler mais rápido no Enem



1) Leia a questão antes do enunciado

Ao ler um texto, já sabendo qual a informação que deseja encontrar, você conseguirá ler mais rápido as partes que não fazem tanta importância para responder a questão, e com mais atenção o trecho que contém a informação desejada.

2) Leia mentalmente

É claro que, por ser um vestibular, você não poderá ler em voz alta. Entretanto, muitas pessoas têm o costume de ler baixinho ou mexendo a boca como se imitasse a fala. Essa ação retarda a leitura, já que seu cérebro precisa processar a informação e distribui-la aos músculos responsáveis pela fala.

3) Use a caneta para acompanhar a leitura

Ao fazer isso, você evita perder em qual ponto parou a leitura ou se confundir com as linhas, economizando tempo em caso de algum tipo de distração, como o aviso de tempo restante pelo fiscal ou algum barulho na sala.

4) Não se aproxime muito da folha

Evite ficar com os olhos muito próximos da folha. Mantenha uma boa postura na cadeira e leia de longe. Isso irá aumentar o seu campo de visão. Caso tenha alguma deficiência visual, como miopia ou astigmatismo, não esqueça de usar óculos adequados na prova. Se ainda não tem ou está com grau defasado, aproveite essas últimas semanas para procurar um médico e corrigir isso.

5) Não se mexa muito

Não mexa muito a cabeça ou os olhos para acompanhar a leitura. Ao fazer isso por horas, pode te causar enjoo, tontura ou embaraço da vista, o que, além de atrapalhar a leitura, pode comprometer todo seu desempenho na prova.

6) Não leia sem entender

De nada adianta as dicas acima se você ler mais rápido do que é capaz de interpretar. Se isso acontecer, você acabará tendo que ler uma segunda vez, o que fará perder ainda mais tempo. Por isso, treine essas técnicas ao estudar e fazer questões, para que, no dia do exame, você saiba qual o seu tempo ideal de leitura. 

InfoEnem