quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fordismo, Toyotismo e Mayoismo no Enem


As questões do Enem costumam envolver mais do que uma área de conhecimento e, muitas vezes, aplicar teoria na prática. Um exemplo disso é o recorrente aparecimento de teorias administrativas abordadas através de fatos históricos e questões geopolíticas no caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias.
A administração pode estar presente de várias maneiras no Enem. Já mostramos, inclusive, que finanças é um dos conteúdos cobrados no caderno de Matemática (Veja o artigo sobre Matemática Financeira). Agora, vamos estudar as principais teorias administrativas que são recorrentes e/ou possíveis de serem abordadas no Exame.

1) Taylorismo / Fordismo

Frederick Taylor publicou em 1911 os Princípios de Administração Científica, usado para defender um modelo racional de gestão, que ficou conhecido como Taylorismo, focando na divisão de tarefas entre os trabalhadores a fim de otimizar o processo produtivo, ou seja, realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e custo.
A empresa mais conhecida a utilizar essa teoria foi a Ford Motor Company. Em 1914, Henry Ford estruturou a primeira linha de montagem automatizada, cujas características eram a produção em massa e a simplificação e padronização da produção.
Na linha de montagem da Ford, os veículos eram montados em esteiras e o operário era “fixado”, com o objetivo de eliminar movimentos inúteis (mínimo esforço) e realizar operações simples, sem a necessidade de qualificação do trabalhador (mínimo custo). Esse cenário pode ser visualizado no filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin.
Outro ponto importante do Fordismo é a rigidez do modelo. A Ford produzia apenas um padrão de carro, o Ford Modelo T. Inclusive, uma frase de Henry Ford ilustra a situação: “O cliente pode ter o carro da cor que desejar, contanto que seja preto.”. Isso porque a tinta preta secava mais rápido possibilitando que o carro fosse produzido mais rapidamente.

2) Toyotismo

A empresa Toyota Motor Corp. foi fundada em 1933 por Eija Toyoda. Isso mesmo! O Toyoda fundou a Toyota! O Sistema Toyota de Produção (STP) foi desenvolvido entre 1948 e 1975 e é utilizado até hoje em muitas empresas.
O STP é também conhecido como Manufatura Enxuta e tem como filosofia a redução de custos através da minimização de sete desperdícios: super-produção, tempo de espera, excessos de transporte, processamento, inventário, movimento e defeitos.
A super-produção significa produzir mais do que necessário, ou seja, a criação de estoque. A técnica utilizada para eliminação do estoque ficou conhecida como just-in-time, traduzindo, apenas na hora. Nada deve ser comprado, transportado ou produzido senão no momento necessário. Essa é uma das características mais fortes do Toyotismo.

3) Mayoismo

Em oposição às teorias já apresentadas, Elton Mayo desenvolveu um método administrativo focado nas relações humanas. Para isso, ele teve como inspiração sua chefia em uma experiência na indústria Western Eletric Company, onde observou a preponderância do fator psicológico no desempenho dos operários no trabalho.
A partir daí, uma nova ideia de trabalhador surgiu. Era necessário ver o trabalhador como um ser humano, dotado de emoções e perspectivas, guiado pelo sistema social em que vive e por suas demandas biológicas. A Teoria Humanista não permitia ver o operário como um ser simples e mecânico, como as máquinas.
Outro psicólogo de destaque nessa teoria foi Abraham Maslow, conhecido por representar as necessidades do ser humano em cinco pilares hierárquicos. Isso é conhecido como a Pirâmide de Maslow. A base da pirâmide é representada pelas necessidades básicas, como fome, sede e sono. Acima, há a necessidade de segurança seguida pela necessidade de relacionamento social, como amores, amigos e família. Depois, a necessidade de estima, como confiança e respeito. Por último, a necessidade de auto-realização, ou seja, ser tudo aquilo que é possível; uma espécie de ideal que todo ser humano deseja alcançar. 

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