domingo, 28 de novembro de 2010

Função do QUE

O termo que” pode pertencer a categorias gramaticais diferentes e exerce funções sintáticas diferentes.

Vejamos, separadamente, cada uma das funções do que:

a) Pronome interrogativo: faz referência a pessoas (substantivo) ou a coisas (adjetivo).tivo
Exemplos: O que ocorreu nesta sala? (substantivo)
Que tema você escolheu? (adjetivo – acompanha o substantivo)

b) Pronome relativo: refere-se a um termo anterior.

Exemplo: As crianças que gostam de fabricar seu próprio brinquedo se mostram mais criativas no futuro.

c) Pronome adjetivo indefinido: tem sentido de “quanto”, “quantas”.

Exemplo: Que horas são agora?

d) Conjunção coordenativa aditiva: liga orações e tem valor próximo da conjunção “e”.

Exemplo: Diz que diz, mas não faz nada!

e) Conjunção coordenativa explicativa: valor próximo de “pois”.

Exemplo: Devemos nos amar, que o ódio consome e destrói a alma.

f) Conjunção subordinativa integrante: introduz oração subordinada substantiva.

Exemplo: Ficou claro que você não vai mais discutir o mesmo assunto. /

g) Conjunção subordinativa causal: valor próximo de “porque”.

Exemplo: Corram, que o tornado está próximo da nossa cidade!

h) Conjunção subordinativa temporal: valor próximo de “desde que”.

Exemplo: Cinco anos passaram que dali fomos embora.

i) Conjunção subordinativa concessiva: valor próximo de “embora”, “ainda que”

Exemplo: Que não gostem de nosso companheirismo, continuaremos unidos!

j) Conjunção subordinativa consecutiva: exprime conseqüência.

Exemplo: Tanto pediu que foi atendido.

k) Substantivo: quando se refere à própria partícula “que”. Vem acentuado por ser monossílabo tônico, acompanhado ou de artigo ou de palavra com valor de adjetivo.

Exemplo: Este livro tem um quê de instigação e mistério.

l) Interjeição: exprime surpresa, espanto e vem acentuado:

Exemplo: Quê! Po?

m) Partícula de realce: não prejudica a estrutura sintática se retirado.

Exemplo: Que vontade que tenho de conversar com você às vezes.

n) Preposição: substitui a preposição “de” quando acompanhada dos verbos ter e haver.

Exemplo: Tenho que vestir algo apropriado.
que se perceber o equívoco.

NUNCA E SEMPRE

NUNCA E SEMPRE

Nunca fui o melhor,
 nem quis ser.
Sempre quis aprender
e saber.
Jamais  onipotente,
Nem onisciente.
Porém, todo tempo estive aberto
Para filtrar o certo e o errado.

Joerlândio Cordeiro