Deem meus olhos a
Quem quiser enxergar,
As
mãos Para o amputado
Que precisa usar.
Meus membros
Inferiores para o manco,
O fígado, os pulmões, rins,
Coração a quem precisar.
Se necessário, estudem minha massa.
Meus últimos dentes aos acadêmicos,
E não desfrutando do que sobrar,
Queimem e joguem ao mar.
Lá viajarei aos poucos
Até o resto da cinza afundar.
Se me enterrarem,
Também voltarei a amar.
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