- Menina, que vestido lindo!
- É pra Festa de Ano Novo.
- Onde tu `vai`passar?
- Aqui em casa mesmo: da sala pra calçada.
- KKKKKKKKKK
- Onde tu `vai`passar?
- Aqui em casa mesmo: da sala pra calçada.
- KKKKKKKKKK
3ª pess pl – am = 1ª pess sing Futuro do Subjuntivo
Viram – am = (quando eu) vir
Vieram – am = (quando eu) vier
3ª pess pl – am = 1ª pess sing Futuro do Subjuntivo = Cantaram – am = (quando eu) cantar
-Use todas as letras maiúsculas:
-Com mais de três letras, formando sílabas: use só a inicial é maiúscula, como Unicamp, Embrapa, Unesco, Detran
Mais duas recomendações: em nenhum dos casos acima se emprega ponto e as siglas podem ser pluralizadas. No caso de plural, nada de imitar o caso genitivo da língua inglesa (não se lembra dele? É aquele caso que indica posse, no Inglês): não se usa apóstrofe, apenas o acréscimo da desinência ‘s’ de plural: PMs, DSTs, CDs, DVDs.
Agora, vejamos a questão das abreviações.
A abreviação, diferentemente da sigla, consiste em escrever de forma reduzida algumas palavras e expressões e encerrá-la com um ponto. Se a sílaba seguinte for iniciada por duas consoantes, ambas serão escritas e os acentos ou hífen da palavra original devem ser mantidos
Regra geral: escreva a primeira sílaba e a primeira letra da sílaba seguinte: tel. (telefone); cel. (celular); com.(comercial); séc. (século); pess. (pessoa); dec.-lei (decreto-lei).
E, como não poderia deixar de ser, lá vêm as exceções:
Em tempo: o título Professor é abreviado seguindo-se a regra geral, portanto paramos no ‘f’ e encerramos com um ponto: Prof. e o feminino tem o acréscimo da desinência ‘a’: Profª. Pelo amor de todas as divindades, NÃO COLOQUE ‘O’ na abreviação de ‘professor’!!!
É claro que há muitas palavras que são empregadas na forma abreviadas e, igualmente, há muitas exceções, o que me leva a lembrar a você, leitor ávido por conhecimentos, que o dicionário é um aliado imbatível no caso de dúvidas neste assunto. Você pode recorrer também ao VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), que tem uma versão online, no sítio da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br).
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A partir da leitura do artigo da semana passada, alguns alunos me questionaram sobre essas expressões:
Bem… não exatamente. É fato que quando estabelecemos a relação de comparação com os adjetivos bom e mau, devemos usar as formas sintéticas melhor e pior, assim:
-Esta série é boa, é melhor que a anterior.
Ou
-Este show está ruim, está pior que o do ano passado.
Coincidentemente, as formas comparativas dos advérbios bem e mal são, também, melhor e pior, como vemos nas frases abaixo:
-Eu fui bem nas provas, mas meus concorrentes foram melhor.
Ou
-Ele foi mal nas provas, mas seus concorrentes foram pior.
Nessas duas frases bem e mal funcionam como advérbios de modo e têm uma forma sintética de comparação na segunda oração.
As coisas mudam quando temos uma estrutura composta por um verbo no particípio (lembram-se? Particípio é a forma nominal dos verbos, terminado em –ado e –ido, nos casos de verbos regulares, como cantado, vendido, partido, que podem funcionar como adjetivos).
Essas formas podem ser modificadas pelos advérbios bem e mal, como em bem-vestido, mal-humorado, bem-educado, mal redigido (às vezes com hífen quando funciona como adjetivo, às vezes sem, quando funciona como verbo).
Vejamos:
-Aquela redação foi mal redigida.
-Nessa frase, mal funciona como advérbio de modo, modificando o verbo redigida.
Tudo bem até aqui?
Agora vamos estabelecer uma comparação entre os modos. Para facilitar a visualização, vou lançar mão de ferramentas da Matemática (lembram-se do trabalho com expressões?):
-Aquela redação foi (mal redigida).
(mal redigida) tornou-se um conjunto só, expressando o modo como a redação foi feita. Agora, vamos comparar esse “conjunto”, com outra redação:
-Aquela redação foi mais (mal redigida) do que esta.
Nesse caso, temos o advérbio mais intensificando a ideia do conjunto ‘mal redigida’. É diferente de termos simplesmente ‘mais mal’ = ‘pior’.
Resumindo: se tivermos estruturas com particípio, usaremos “mais bem” + particípio ou “mais mal”+ particípio. Se a comparação for apenas entre ‘bem’ ou ‘mal’, usaremos as formas sintéticas ‘melhor’ ou ‘pior’. Vejam mais exemplos:
-Este quadro está mais bem pintado do que aquele.
-Meu irmão é mais bem-humorado do que eu.
Mas,
-Ele fala bem, fala melhor do que escreve.
-Ele representa mal, atua pior do que o outro ator.
InfoEnem
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Na escola, estudamos gramática. Não é comum ouvirmos falar em “gramáticas”, mas a verdade é que existe, sim, mais do que uma! Já ouviu falar em gramática normativa e gramática descritiva? Vamos ver quem são elas e quais as diferenças que as caracterizam.
Antes, confira um trecho da obra Sítio do Picapau Amarelo, do Monteiro Lobato, para introduzir tal discussão.
No trecho, podemos analisar duas definições de gramática. A primeira é a que Narizinho diz que não admite certo tipo de fala e considera-o um erro. A segunda é a que Dona Benta diz que deve se adequar aos falantes. Pois bem, a gramática de Narizinho é a gramática normativa; a de Dona Benta, a gramática descritiva.
Normativo vem de norma. Isso é, a gramática normativa é aquela que aprendemos na escola como sendo a norma culta da Língua, e é utilizada na modalidade escrita formal.
Já a gramática descritiva tem como preocupação registrar a língua como ela realmente é falada. Isso não significa que ela não tenha regras ou que seja errada. Não existe linguagem certa ou errada. Existem erros dentro de uma certa convenção linguística, o que é diferente.
Como Dona Benta sugere, a língua sofre modificações em sua fala de acordo com o tempo e contexto social em que vivemos. E realmente, a gramática normativa tende a ir se modificando e se adequando à linguagem descritiva. A função da gramática descritiva é identificar todas as formas de expressão existentes e compreender quando, onde e por quem são produzidas, ou seja, realizar um estudo sociolinguístico.
O importante, para nós falantes e escritores, é identificar o contexto de nossas falas e registros para saber quando devemos usar a gramática normativa ou a descritiva.
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 entrou para a história como a versão mais libertária de todas, já que fez com que os mais de 7 milhões de candidatos refletissem sobre feminismo e a violência contra as mulheres. Em uma sociedade tradicional, patriarcal, machista, misógina e sexista como a brasileira, na qual as mulheres ainda são vistas como objetos sexuais, submissas às vontades dos homens e inferiores no mercado de trabalho, o que o Enem 2015 fez ao trazer Simone de Beauvoir (filósofa e escritora francesa) e abordar como tema da proposta de redação a violência contra a mulher foi evidenciar que a desigualdade entre os gêneros e o ódio pelas mulheres devem acabar no nosso país.
A violência contra as mulheres, infelizmente, é um tema recorrente no Brasil, tanto que no fim de 2014 o sugerimos como um tema relevante e possível para o Enem 2015, já que inúmeros casos de assédio sexual, estupros e feminicídios começaram a vir à tona aliados ao pensamento errôneo de que, muitas vezes, as mulheres são culpadas por usarem roupas curtas, justas e decotadas. A cada dia que passa, o assunto ganha mais visibilidade com as campanhas “Chega de Fiu Fiu”, por exemplo, que combate as cantadas ofensivas nas ruas, nos transportes públicos, no ambiente profissional etc.
Voltando o nosso olhar para a proposta de redação do Enem 2015, o comando do tema foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. A palavra “persistência” diz respeito a algo que é constante e, nesse caso, é algo muito negativo, pois apesar dos avanços que a lei Maria da Penha trouxe, a violência contra as mulheres é um crime que ainda persiste no nosso país. Assim sendo, o candidato que argumentou que não existe violência contra a mulher no Brasil, ou seja, que foi contrário ao comando do tema e ao recorte temático da coletânea de textos motivadoresprovavelmente terá a sua redação zerada.
Já o candidato que relativizou o tema, isto é, que negou o seu caráter absoluto, diminuindo de alguma forma a importância da discutir a violência contra as mulheres, argumentando que é um exagero, por exemplo (como nas redes sociais), provavelmente tangenciou o tema e, assim, terá uma nota muito baixa como um todo.
Quem negou ou relativizou o tema não deu a devida atenção aos textos motivadores da coletânea textual, não os leu de maneira adequada – e mostrou-se um machista, infelizmente – já que os dados expõem a violência contra as mulheres em números e estes são estarrecedores.
O Texto 1, por exemplo, extraído do Mapa da Violência de 2012, afirma que entre os anos de 1980 e 2010 mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, 43,7 mil só nos últimos dez anos, resultando em um aumento de 230%. É importante ressaltar, nesse contexto, que a lei Maria da Penha entrou um vigor em 2006, ou seja, nos últimos quatro anos dessa pesquisa já abrangeram a vigência da referida lei e, mesmo assim, as mortes de mulheres só aumentaram.
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Imagem: Reprodução do caderno com textos de apoio da proposta de redação.
O Texto 2, por sua vez, é um gráfico que representa os números de cada tipo de violência contra as mulheres, já que esta pode se dar por meio de vários crimes, como por exemplo, violência física (51,68%), violência psicológica (31,81%), violência moral (9,68%), violência sexual (1,94%) e assim por diante. Esses dados são de 2014 e é fundamental enfatizar que tratam-se de números oficiais, ou seja, que chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de denúncias e é de conhecimento de todos que muitas mulheres, vítimas de agressões físicas, assédios sexuais e estupros não denunciam seus agressores por medo, por vergonha, por insegurança etc.
Já o Texto 3 é uma campanha sobre os feminicídios, isto é, sobre os assassinatos de vítimas mulheres por elas serem mulheres e nada mais, já que existem homens que odeiam as mulheres e as matam simplesmente por isso. O feminicídio, aliás, foi transformado em crime hediondo em março deste ano.
Finalmente, o Texto 4, é, na verdade, um conjunto de infográficos sobre o impacto em números da lei Maria da Penha. Ficamos contentes com esses dados, já que uma das propostas de redação do nosso Curso de Redação é, justamente, osefeitos da lei Maria da Penha no Brasil. É o Texto 4 que dá abertura para o candidato refletir sobre a proposta de intervenção social, já que ele nos mostra, assim como o Texto 1, que a referida lei proporcionou um avanço no assunto, mas não o solucionou, lembrando, de novo, que esses números são os oficiais e, sem sombra de dúvida, são maiores se pensarmos nos casos que não são denunciados pelas vítimas.
O Texto 4 nos mostra que existem, no Brasil, 52 varas especiais e juizados especializados em violência doméstica e familiar contra as mulheres; tendo em mente a proporção continental do nosso país e o número de habitantes, esse número não é suficiente. A referência não traz a data de publicação desses dados, o que é uma falha de elaboração da proposta de redação, mas temos a informação de que apenas 33,4% dos casos foram julgados, isto é, um número muito pequeno que demonstra o quanto a justiça brasileira é lenta.
Há homens que sofrem violência doméstica e se apoiam na lei Maria da Penha, já que essa diz respeito à violência doméstica e, por isso, 58 mulheres foram enquadradas e presas por essa lei em 2010; porém, o número de homens enquadrados e presos no mesmo período é muito maior: 2.777.
Portanto, podemos afirmar que as mulheres sofrem uma violência específica, já que são assassinadas porque são mulheres, assediadas nas ruas, nos transportes públicos e no ambiente profissional e estupradas por desconhecidos e conhecidos, já que sete em cada dez mulheres afirmam terem sido agredidas pelos seus companheiros (maridos, noivos, namorados dentre outras formas de relação).
Deste modo, como apenas a vigência da lei Maria da Penha não colocou um fim à violência contra as mulheres, como podemos combater a sua persistência na sociedade brasileira? Basicamente esta é a pergunta que a coletânea de textos motivadores fez aos candidatos ao Enem 2015, além de questionar, nas entrelinhas, como podemos fazer com que o número de denúncias aumente, como podemos conscientizar os cidadãos brasileiros, como um todo, como podemos lutar contra o machismo, como a judiciário pode se tornar mais efetivo nesses casos etc.
Infelizmente, o candidato não pode alegar surpresa em relação ao tema da proposta de redação do Enem 2015, já que a mídia noticia, todos os dias, casos de violência contra as mulheres. O seu grande mérito foi fazer com que todos nós, candidatos ou não, refletíssemos sobre esse tema que alguns machistas insistem em dizer que não é bem assim, persistindo em inferiorizar e diminuir a importância da mulher na sociedade.
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Gabarito Enem 2015 – Uol (extra-oficial) | |||
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Cinza | Azul | Amarelo | Rosa |
91A | 91D | 91C | 91C |
92A | 92E | 92D | 92E |
93C | 93A | 93E | 93D |
94D | 94A | 94A | 94A |
95E | 95C | 95A | 95A |
96B | 96E | 96B | 96B |
97E | 97B | 97D | 97D |
98D | 98D | 98E | 98E |
99D | 99D | 99B | 99D |
100B | 100B | 100E | 100B |
101E | 101B | 101C | 101D |
102D | 102B | 102E | 102C |
103B | 103E | 103C | 103D |
104B | 104D | 104C | 104D |
105A | 105E | 105D | 105B |
106E | 106E | 106B | 106E |
107C | 107D | 107B | 107D |
108C | 108A | 108E | 108C |
109D | 109B | 109* | 109A |
110C | 110D | 110E | 110A |
111D | 111C | 111A | 111B |
112D | 112A | 112B | 112E |
113E | 113A | 113D | 113* |
114E | 114D | 114A | 114A |
115E | 115B | 115B | 115E |
116A | 116B | 116D | 116C |
117B | 117E | 117C | 117C |
118D | 118* | 118A | 118E |
119A | 119D | 119A | 119A |
120B | 120C | 120D | 120B |
121D | 121D | 121E | 121C |
122C | 122A | 122E | 122E |
123A | 123E | 123D | 123C |
124A | 124C | 124C | 124C |
125B | 125C | 125D | 125D |
126E | 126E | 126A | 126A |
127* | 127A | 127E | 127B |
128D | 128B | 128C | 128D |
129B | 129D | 129C | 129E |
130C | 130B | 130D | 130E |
131E | 131E | 131B | 131B |
132C | 132C | 132B | 132E |
133C | 133E | 133D | 133D |
134B | 134C | 134B | 134B |
135E | 135C | 135E | 135B |
136E | 136B | 136D | 136D |
137B | 137A | 137B | 137A |
138C | 138D | 138B | 138E |
139C | 139E | 139B | 139A |
140B | 140B | 140A | 140C |
141E | 141C | 141D | 141A |
142E | 142C | 142C | 142A |
143D | 143D | 143A | 143E |
144A | 144A | 144D | 144B |
145B | 145C | 145A | 145A |
146D | 146C | 146E | 146D |
147B | 147C | 147A | 147D |
148D | 148A | 148E | 148B |
149E | 149C | 149D | 149B |
150C | 150A | 150C | 150E |
151D | 151A | 151A | 151B |
152A | 152E | 152D | 152C |
153C | 153C | 153C | 153C |
154C | 154E | 154B | 154C |
155E | 155A | 155E | 155E |
156D | 156D | 156C | 156B |
157C | 157C | 157A | 157E |
158C | 158B | 158A | 158E |
159E | 159E | 159E | 159D |
160C | 160D | 160D | 160C |
161A | 161A | 161A | 161A |
162A | 162E | 162C | 162A |
163E | 163A | 163C | 163D |
164A | 164A | 164C | 164C |
165D | 165B | 165E | 165B |
166C | 166D | 166B | 166E |
167B | 167E | 167D | 167D |
168E | 168D | 168E | 168A |
169D | 169C | 169C | 169C |
170A | 170B | 170A | 170C |
171E | 171D | 171B | 171E |
172A | 172E | 172D | 172D |
173C | 173C | 173B | 173C |
174A | 174D | 174E | 174A |
175B | 175B | 175E | 175B |
176A | 176B | 176D | 176D |
177D | 177B | 177E | 177B |
178D | 178E | 178B | 178D |
179B | 179E | 179C | 179E |
180B | 180D | 180C | 180C |