Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares ou Fernando Pessoa, ele mesmo? O professor universitário de Fernando Segolin fala do grande poeta da língua portuguesa
Fernando Segolin, 70 anos, é um dos mais respeitados especialistas de Fernando Pessoa dentro e fora do Brasil. Para este professor de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, a paixão começou aos 16 anos, no colégio, quando pela primeira vez leu um poema do poeta português - assinado pelo heterônimo Alberto Caeiro. "Fiquei impressionado com aquele à vontade da poesia de Caeiro, poesia simples, mas bastante intrigante no sentido de propor uma tese, a de não pensar, a de se livrar de toda e qualquer linguagem para assim chegar à verdade."
Caeiro era considerado mestre por todos os heterônimos de Pessoa, criador, por sua vez, de uma poesia revolucionária, na qual a presença de outros "eus" pode ser entendida como "... manifestações textuais por meio das quais o poeta procura concretizar suas múltiplas indagações com a realidade, o problema da existência, de sua razão de ser e de seu significado", realça Segolin. Assim, cada heterônimo ganhou uma identidade - e um jeito de pensar, sentir, reagir. "O signo poético de Pessoa é uma busca de novos caminhos que levam a surpreender paisagens até então insuspeitadas... Por força dessa inclinação experimentadora, a poesia de Pessoa é um gesto transgressor."
Autor de "Fernando Pessoa: poesia, transgressão e utopia", leitura fundamental para quem investiga o assunto, Fernando Segolin confessa que sonha vez por outra com o poeta português. "Sou um heterônimo dele com certeza... E o que Pessoa não viveu por meio dos heterônimos, digo que eu vivi."
Caeiro era considerado mestre por todos os heterônimos de Pessoa, criador, por sua vez, de uma poesia revolucionária, na qual a presença de outros "eus" pode ser entendida como "... manifestações textuais por meio das quais o poeta procura concretizar suas múltiplas indagações com a realidade, o problema da existência, de sua razão de ser e de seu significado", realça Segolin. Assim, cada heterônimo ganhou uma identidade - e um jeito de pensar, sentir, reagir. "O signo poético de Pessoa é uma busca de novos caminhos que levam a surpreender paisagens até então insuspeitadas... Por força dessa inclinação experimentadora, a poesia de Pessoa é um gesto transgressor."
Autor de "Fernando Pessoa: poesia, transgressão e utopia", leitura fundamental para quem investiga o assunto, Fernando Segolin confessa que sonha vez por outra com o poeta português. "Sou um heterônimo dele com certeza... E o que Pessoa não viveu por meio dos heterônimos, digo que eu vivi."
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