terça-feira, 5 de maio de 2015

Dica de Redação: Memorização e Aprendizagem


O segundo dia de provas do Enem contém 90 questões de Linguagens e Matemática mais a redação. Muitos alunos questionam se é recomendado fazer a redação antes ou depois das questões, ou seja, no início ou final do exame.
Nós temos uma técnica para sugerir aos estudantes, a qual pode ser treinada estudando em casa e até mesmo em simulados para saber se será proveitosa para si, já que isso é bastante subjetivo, alternando de pessoa para pessoa.
A estratégia se baseia em realizar o segundo dia de provas na seguinte ordem:
  1. Ler a proposta de redação
  2. Realizar um esboço (planejamento) da redação
  3. Escrever o texto no rascunho
  4. Resolver as questões
  5. Reler a redação do rascunho
  6. Corrigir possíveis erros e fazer adaptações necessárias
  7. Passar a redação a limpo na folha definitiva
  8. Terminar questões pendentes e preencher o gabarito
Essa técnica tem como pressuposto alguns conhecimentos da neurociência sobre como nossa memória funciona. Em umartigo da Revista Escola são explicados os resultados de algumas pesquisas sobre memorização e como isso é interpretado por teóricos da área de aprendizagem.
Aplicando isso à técnica proposta para realização da redação nas provas, temos que 1 a 3 são processos de criação, nos quais aquilo que foi escrito ainda está “fresco” na memória. Dessa forma, ao reler algo que acabou de ser escrito, é possível que você não revise o que realmente está escrito mas sim aquilo que você pensa ter escrito, aquilo que está em sua mente. Fica difícil, assim, identificar seus próprios erros.
Após os passos 4 e 5, sua mente já limpou o processo de criação, já que não se lembra claramente do que escreveu. Fica mais fácil, agora, iniciar a fase de correção e aperfeiçoamento da redação descritos nas etapas de 5 a 7.
Coloque essa técnica em prática treinando em casa a realização de dissertações. Substitua a etapa intermediária (Processo 4) por qualquer outra atividade que o distrai do seu texto por, pelo menos, uma hora. Leia outra coisa, faça exercícios ou simplesmente descanse antes de reler novamente sua redação. Esperamos que isso o ajude a identificar mais seus erros para finalizar o desenvolvimento do texto da melhor maneira possível, eliminando “erros bobos”.

domingo, 3 de maio de 2015

Figuras de Linguagem – Diferença entre Antítese e Paradoxo


As figuras de linguagem são recursos linguísticos utilizados para aumentar a expressividade da mensagem transmitida em um texto. Existem muitas figuras de linguagem, sendo que algumas são mais cobradas nos vestibulares e no ENEM, principalmente na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias.
Há algumas figuras de linguagem bem próximas quanto a seu significado ou uso, o que costuma causar bastante confusão entre os alunos, surgindo erros de interpretação. Levando isso em conta, vamos apresentar as principais figuras que têm semelhanças e costumam causar dúvidas, através da aproximação delas e discutindo suas principais diferenças. Para iniciar, vamos hoje entender a diferença entre antítese e paradoxo.
Antítese é a aproximação de duas palavras de sentidos opostos, ou seja, na mesma frase ou verso serão usadas duas palavras de sentidos contrários. Para ficar mais claro, vejamos exemplos:
“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. Cazuza
“Onde queres bandido sou herói.” Caetano Veloso
“Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio.” Renato Russo
“Do riso se fez o pranto” Vinícius de Moraes
Observe que em todas essas frases (ou versos) estão presentes duplas de palavras opostas. O mais importante aqui é observar que, apesar de opostas, a situação descrita é possível.
Em “Onde queres bandido sou herói.”, o personagem não é bandido e herói ao mesmo tempo. Espera-se, por uma segunda pessoa, que ele seja bandido. Entretanto, há uma quebra de expectativa quando, na verdade, ele é herói.
E assim por diante. Em “meu corpo é quente e estou sentindo frio.”, isso é possível em caso de febre. “Do riso se fez o pranto” mostra que não se sorrio e chorou ao mesmo tempo, mas que a partir do riso, iniciou-se um pranto. Entender isso é essencial para perceber a diferença entre antítese e paradoxo.
Paradoxo ocorre quando a aproximação de palavras opostas causa uma incoerência, uma contradição. Ou seja, quando não é possível ter as duas oposições naquele determinado contexto. Observe:
“Mas que seja infinito enquanto dure” Vinícius de Moraes
“O mito é o nada que é tudo.” Fernando Pessoa
“Estou cego e vejo” Carlos Drummond de Andrade
“É ferida que dói e não se sente” Camões
Note que doer é uma sensação do tato. Logo, é impossível sentir a dor e não sentir nada ao mesmo tempo. Assim como enquanto dure traz a ideia de finitude e é impossível ver sendo cego, etc. Portanto, tanto em antítese quanto em paradoxo há a aproximação de duas palavras de sentidos contrários. Porém, apenas no paradoxo há contradição envolvida.
Dessa forma, sempre que quiser diferenciar essas duas figuras de linguagem, basta observar, dentro do contexto que as palavras opostas estão inseridas, se há contradição envolvida.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Redação no Enem: Tipos de Estratégias Argumentativas


A dissertação-argumentativa é um tipo textual da ordem do argumentar, isto é, ao mesmo tempo em que dissertamos sobre um tema temos de convencer o nosso leitor, por meio de argumentos e estratégias argumentativas, de que a nossa tese é a mais adequada ou correta. Portanto, redações no Enem que apenas dissertam fogem do tipo textual requerido pelo exame e, deste modo, zeram na segunda competência “compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa”.
O candidato deve, primeiramente, criar uma tese, ou seja, um ponto de vista acerca do tema abordado pela proposta de redação do Enem e fundamentá-la em argumentos e em estratégias argumentativas a fim de convencer o leitor de que a sua opinião está correta. Lembrem-se que, como escrevemos no última texto desta coluna, não basta opinar, tem de argumenta.
Há mais de um tipo de argumento e de estratégias argumentativas as quais o autor de uma dissertação-argumentativa, um artigo opinativo, um editorial ou uma resenha crítica – gêneros da ordem do argumentar – pode recorrer a fim de cumprir o propósito de expor a sua opinião, embasá-la e convencer o seu leitor.
Normalmente, a tradicional dissertação-argumentativa já traz na sua introdução a tese do autor, ou seja, o seu ponto de vista que será defendido ao longo de todo o texto. Para embasar essa tese, o autor pode lançar mão de um ou dois argumentos principais e estratégias argumentativas que os fundamentem:
  • Argumento Concreto: esse tipo de argumento é uma prova cabal do que está sendo dito pelo autor e trata-se de dados estatísticos oriundos de pesquisas confiáveis, fatos reais que comprovam a tese do autor, textos legislativos (leis de todas as instâncias) etc.
  • Argumentos Lógicos: já esse tipo de argumento é oriundo de um raciocínio lógico que estabelece relações de sentido lógicas, como por exemplo, comparações, causa e efeito, deduções, hipóteses, inferências etc.
  • Argumento Autoritário: esse tipo de argumento traz uma citação de uma autoridade, de um especialista sobre o tema abordado pela proposta de redação que pode ser um pesquisador, um professor, um profissional formado na área ou imerso no tema etc.
Alguns autores de livros didáticos e apostilas colocam como tipo de argumento o de consenso, isto é, uma verdade universal, mas gostaríamos de chamar a atenção para esse conceito, pois ele pode nos fazer cair no senso comum.
Esperamos que, com esse exemplos, fique mais fácil a organização e o planejamento das redações dos candidatos ao Enem, pois eles mostram quais estratégias podem ser traçadas, dependendo do tema abordado.



quarta-feira, 29 de abril de 2015

Proposta Redação – Jeitinho Brasileiro: Pequenas Corrupções


Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua Portuguesa sobre o tema: “Jeitinho Brasileiro: Conscientização Sobre Pequenas Corrupções“. Apresente uma proposta de intervenção e/ou conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista.

TEXTO 1

corrupções
Extraído de https://www.facebook.com/cguonline em 19/02/2014.

TEXTO 2

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.
“Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público”, diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público “O que você tem a ver com a corrupção”, que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético (…).
Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma o promotor. “Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção.”
Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Otimismo: Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.
A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista – e justamente por causa dos jovens. “Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política”, diz Lizete. “Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles.” “Há dois anos, venho percebendo uma
grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política.”
Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização.
Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção. “Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto”, diz a diretora. “É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania.”
Adaptado de http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121024_corrupcao_lista_mdb.shtml em
19/02/2014.

TEXTO 3

A campanha (O que você tem a ver com a corrupção?) se justifica pela necessidade de se educar a
sociedade por meio do estímulo à ética, à moralidade e à honestidade, construindo um processo cultural de formação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos a partir de três tipos de responsabilidades (…): 1) a responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade individual; 2) a responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva e; 3) a responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente. Dessa forma, pretende-se contribuir com a prevenção da ocorrência de novos atos de corrupção e com a consequente diminuição dos processos judiciais e extrajudiciais, por meio da educação das gerações futuras, estimulando, ainda, o encaminhamento de denúncias populares e a efetiva punição de corruptos e corruptores. Além disso, é dever institucional do Ministério Público combater a corrupção, repressiva e preventivamente, estimulando, inclusive, o desempenho das atribuições e das atividades extrajudiciais.
Objetivos: Reduzir a impunidade nacional, ou seja, cobrar a efetiva punição dos corruptos e dos corruptores, abrindo um canal real para oferecimento e encaminhamento de denúncias; educar e estimular as gerações novas através da construção, em longo prazo, de um Brasil mais justo e mais sério, destacando o papel fundamental de nossas próprias condutas diárias; aproveitar momentos do cotidiano infanto-juvenil (família, escola e comunidade) para propiciar a vivência de atividades que os levem a conhecer esses princípios, estimulando-os a praticá-los no seu ambiente de convívio social; divulgar a idéia em locais e acontecimentos informais (sociais, esportivos, campanhas e eventos), possibilitando o alcance da campanha a um público maior.
Extraído de http://www.oquevocetemavercomacorrupcao.com/ em 19/02/2014.


InfoEnem 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Dicas de Leitura – Atualidades 2015



1) Corrupção

Não é a primeira vez que trazemos indicações de leitura sobre esse assunto aqui, já que é uma temática bastante em alta por causa das investigações realizadas principalmente na maior estatal do Brasil, a Petrobrás. Hoje trazemos uma entrevista com o Professor de Ética da USP, Doutor em Filosofia, Clóvis de Barros Filho, realizada pela equipe do UOL Notícias. Leia aqui.

2) Terceirização do trabalho

Você já deve ter ouvido falar que há um projeto de lei em processo de votação que pretende tornar irrestrita a terceirização da contratação de serviços. O assunto é bastante delicado e merece uma análise detalhada. De modo geral, os empresários são a favor da aprovação da lei e os sindicatos dos trabalhadores são contra. Nesse artigo da Carta Capital, as principais dúvidas sobre o projeto de lei são respondidas, assim como os argumentos de ambos os lados. Entenda mais vendo aqui.

3) Redução da Maioridade Penal

Mais um projeto de lei de cunho social que está em processo de aprovação e que tem gerado bastante controvérsia! O objetivo é reduzir para 16 anos a idade em que o indivíduo se torna penalmente responsável por seus atos. No Estadão, foi publicado um texto do sociólogo José de Souza Martins, professor da USP. Nele são apresentados argumentos contra a redução da maioridade penal. 

InfoEnem

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Redação no Enem: Não Basta opinar; Tem de Argumentar!

Debater os problemas sociais e políticos do país faz parte da democracia, regime sobre o qual, felizmente, vivemos desde o fim da ditadura militar, mas parece que ainda vivemos sobre um estado totalitário, já que não há, entre uma parcela significativa de pessoas, respeito à opinião alheia. A democracia prevê liberdade de expressão e diversidade de ideias, mas parece que muitos indivíduos não conseguem levar adiante conversas saudáveis e já partem para os finalmentes, encerrando relações com os colegas, amigos ou familiares que pensam diferente.
Além dessa atitude extrema, geralmente, essas pessoas não argumentam quando entrarm em discussões como essa, apenas opinam, algo muito raso e fácil de se fazer. Ao defendermos uma ideia, não basta opinarmos, temos de argumentar, fundamentar e embasar as nossas afirmações em informações, dados e exemplos e devemos fazer o mesmo ao escrevermos gêneros e tipos textuais da ordem do argumentar, como a dissertação-argumentativa da prova de redação do Enem.
argumentar
Na publicação de duas semanas atrás, quando abordamos na coluna semanal sobre a redação do Enem o debate em torno da questão da redução da maioridade penal, alguns leitores colocaram-se favoráveis e outros contrários à medida, mas poucos argumentaram em favor de suas posições, o que é uma pena. Textos como esse, além de servirem para atualizarem vocês, leitores, sobre temas relevantes da atualidade e que podem, de uma maneira ou de outra, estarem presentes na próxima edição do Enem, têm como objetivo instigar um debate saudável e fundamentado, não apenas para a mera exposição das opiniões.

Infelizmente, temos observado isso nos comentários de todo e qualquer texto publicado na internet, seja em blogs, portais de notícias ou redes sociais. Porém, gostaríamos de ressaltar que o nosso intuito é fazer com que vocês argumentem não apenas por causa da prova de redação do Enem, mas para levarem isso para a vida toda, já que sempre estamos, mesmo que inconscientemente, querendo convencer o outro de que estamos corretos e não conseguimos isso sem fundamentar e embasar as nossas opiniões em argumentos fortes.
Os motivos e as razões pelas quais vocês pensam algo sobre alguma coisa devem estar postos para o seus leitores ou interlocutores para que estes lhes entendam e possam contra-argumentar e, assim, um debate saudável é estabelecido. Estabelecendo uma relação com as propostas de redação do Enem, como candidatos, vocês devem pensar sobre os possíveis contra-argumentos que seus leitores podem construir, mas isso deve se feito da maneira fundamentada e não na base da pressão.
Dissertações-argumentativas preveem a defesa de um ponto de vista e não é possível defender um ponto de vista sem embasar afirmações e opiniões em informações, dados e exemplos concretos. Além disso, esse tipo textual requer ponderação, equilíbrio e bom senso, já que posições radicais e extremas normalmente ferem os direitos humanos, aspecto fundamental nas propostas de redação do Enem.
Assim, procurem sempre argumentar e não apenas opinar, seja em comentários para textos publicados no infoEnem ou em qualquer site ou rede social, seja em conversas com amigos e familiares e na redação das provas do Enem.

InfoeEnem

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sem bar

Dois velhos amigos se reencontram e decidem tomar uma.

- `Mermão`, vamos tomar uma nesse bar!
- Não é bar mais não. É uma igreja.
- Tá... então, vamos tomar naquele outro bar.
- É uma igreja também.
- Já que não tem bar... vamos pro cinema.
- Aqui não tem mais cinema não.
- Bem, já sei... é uma igreja.
- Pois, é.
- E agora, o que a gente fazer?!
- Vamos virar pastor e montar uma igreja também.

JSC

terça-feira, 21 de abril de 2015

Romeu e Julieta

Este clássico da literatura universal vem há séculos seduzindo gerações de leitores apaixonados, que encontram nas páginas tecidas pelo inglês William Shakespeare uma das mais belas e trágicas histórias de amor de todos os tempos. A história de Romeu e Julieta praticamente transformou-se em um arquétipo da psique humana, como ocorreu, por exemplo, com o mito de Édipo, criado porSófocles, célebre dramaturgo grego, e convertido por Sigmund Freud em um conceito fundamental da Psicanálise.
Esta tragédia shakespereana, elaborada entre 1591 e 1595, não é significativa apenas por enfocar o amor proibido entre dois jovens na Verona renascentista, mas também por denunciar a hipocrisia e as convenções sociais, os interesses econômicos e a sede de poder, elementos que engendram inevitavelmente a intolerância e condenam o sentimento nobre que brota dos corações de Romeu e Julieta.
romeo-and-juliet
Nesta cidade italiana, aproximadamente em 1500, duas famílias tradicionais, os Montecchios e os Capuletos, cultivam uma intensa e insustentável inimizade que já remonta a vários anos. Independente desta rivalidade, Romeu e Julieta, filhos únicos destes poderosos clãs, se apaixonam e decidem lutar por este sentimento.
Os amantes se conhecem em uma festa promovida pelo líder dos Capuletos, pai da jovem. Romeu, evidentemente, não foi convidado mas, acreditando estar apaixonado por Rosaline, uma das moças presentes no evento, se oculta sob um engenhoso disfarce e vai à celebração. Uma vez, porém, que ele se depara com Julieta, a imagem da outra garota desaparece de seu coração, e nele agora só há espaço para a jovem desconhecida. Logo depois os dois descobrem que pertencem a famílias que se odeiam.
Romeu, logo depois da festa, oculto no jardim, ouve involuntariamente o diálogo de Julieta com as estrelas, durante o qual ela confessa sua paixão. Ele então a procura e se declara. Um dia depois os dois, com o auxílio do Frei Lawrence, que pertence ao círculo de amizades do jovem, se casam em segredo.
Mas asombra da tragédia parece persegui-los. Neste mesmo dia Romeu se envolve sem querer em uma briga com o primo de Julieta, Tebaldo, que ao descobrir a presença do Montecchio na festa de seus tios, planeja uma revanche contra ele. A princípio o jovem não aceita provocações, mas seu amigo Mercúcio confronta o adversário e é morto por ele, o que provoca a revolta de Romeu, o qual mata Tebaldo para se vingar.
Esta morte acirra ainda mais o ódio entre as famílias e o Príncipe da cidade manda Romeu sair de Verona. O velho Capuleto, sem saber da união de sua filha com o inimigo, arranja o casamento da filha com Páris. O frei a convence a aceitar o matrimônio, mas arma um plano. Pouco antes da cerimônia Julieta deverá ingerir uma poção elaborada por ele; com a ajuda deste preparado ela será considerada morta.
Romeu seria avisado e retornaria para retirá-la do jazigo dos Capuleto assim que ela despertasse. Porém, como não poderia ser diferente em uma tragédia de Shakespeare, Romeu descobre o ocorrido antes de ser notificado pelo Frei. Desesperado, ele adquire uma poção venenosa e, na sepultura onde se encontra a amada, ingere o conteúdo do frasco e morre junto à Julieta.
A jovem, ao acordar, se dá conta do que aconteceu e, com o punhal roubado de Romeu, se mata. Os dois são encontrados juntos, mortos, para completo desespero dos familiares. Abalados com a tragédia, eles se reconciliam definitivamente.

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A Megera Domada

O livro "A Megera Domada", originalmente publicado como The Taming of the Shrew, é uma das comédias de costumes mais conhecidas de William Shakespeare. Ela foi criada entre os anos de 1593 e 1594 e teve origem em histórias ancestrais da tradição oral. Aqui o autor apresenta Catarina, a irrefreável primogênita de Batista. Nenhum homem consegue domar a jovem.
a megera domadaEla tem uma irmã mais nova, a meiga Bianca. O problema é que o pai das duas só permitirá o casamento da caçula após o matrimônio de Catarina. É desta forma que tem início a tortura dos vários candidatos à mão de Bianca. Eles tecem uma conspiração com o objetivo de encontrar um pretendente para a rude, colérica e caprichosa Catarina.
Então aparece Petruchio, um nobre originário de Verona. O aristocrata, na verdade, só está à procura de um dote generoso. É intencional o contraste entre a rispidez de Petruchio e a cortesia dos candidatos que pretendem se casar com a caçula. Esta é uma forma do autor ridicularizar a vida social da época. Ao que parece, o matrimônio ocorre à revelia da protagonista. Depois de a jovem passar por um difícil processo terapêutico, o fidalgo enfim consegue conquistar Catarina.
A peça oferece ao leitor a oportunidade de avaliar os hábitos e as ações humanas neste período histórico. Ela tem como assuntos essenciais: o casamento, os conflitos entre sexos opostos e o jogo de sedução, ingredientes sempre presentes na dramaturgia de Shakespeare.

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Mãe: Palavras e Ações



Te amo, mãe. Mas se pedir para ir à padaria, não vou.
Te amo, mãe. Mas se pedir para limpar a casa, não limpo.
Te amo, mãe. Mas se pedir para lavar a roupa, não lavo.
Te amo, mãe. Mas se pedir para estudar, não estudo.
Te amo, mãe. Mas se pedir para te ajudar, não ajudo.
Te amo, mãe. Mas se pedir para não gritar, eu grito.
Te amo, mãe. Mas se pedir para não sair, eu saio.
Te amo, mãe. Mas se pedir para não mentir, eu minto.
Te amo, mãe.  Mas faço-te sofrer, faço-te chorar, faço-te envergonhar...

Então, que tal, em vez de palavras, boas ações?



JSC

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Tragédia


Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "cabra" e ᾠδή, "música") é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade, dignidade e frequentemente os deuses, o destino ou a sociedade.
Suas origens são obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e tradição religiosa da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais especificamente nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus grego Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram combinadas na palavra tragosoiodé (algo como "canções dos bodes"), da qual a palavra tragédia é derivada.

Teorias sobre a tragédia

filósofo Aristóteles teorizou que a tragédia resulta numa catarse da audiência e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final catártico - algumas tem finais neutros ou mesmo finais dubiamente felizes. Determinar exatamente o que constitui uma tragédia é um assunto freqüentemente debatido. Alguns sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral baseados em Aristóteles) para serem consideradas tragédias.


literatura grega reúne três grandes tragediógrafos, cujos trabalhos ainda existem: ÉsquiloSófocles e Eurípedes.
O momento mais importante de representação de tragédias ocorria durante as Grandes dionísias, também chamadas Dionísias urbanas, festival que tinha lugar na Primavera, em honra de Diónisos. Nesse festival, tal como nas Dionísias rurais e nas Leneias, os tragediógrafos concorriam a um prêmio, geralmente com três tragédias e uma peça satírica cada.
Aristóteles dedicou boa parte de sua obra A Poética aos estudos e análise da tragédia, que tinha grande papel na cultura grega e, posteriormente,ocidental. Apesar de descritivo, seu trabalho foi posteriormente tomado como prescritivo por muitos estudiosos.
Aristóteles descreve a tragédia como imitação de uma ação completa e elevada, em uma linguagem que tem ritmo, harmonia e canto. Afirma que suas partes se constituem de passagens em versos recitados e cantados, e nela atuam os personagens diretamente, não havendo relato indireto. Por isso é chamada (assim como a comédia) de drama. Sua função é provocar por meio da compaixão e do temor a expurgação ou purificação dos sentimentos (catarse).
A tragédia clássica deve cumprir, ainda segundo Aristóteles, três condições: possuir personagens de elevada condição (heróisreis, deuses), ser contada em linguagem elevada e digna e ter um final triste, com a destruição ou loucura de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do destino.
Aristóteles divide a tragédia em prólogoepisódio e êxodo. Segundo ele, a parte do coro se divide em pároclo e estásimo. A ordem seria o prólogo precedendo o pároclo (primeira entrada do coro), seguido de cinco episódios alternados com os estásimos e a conclusão com o êxodo, a intervenção final do coro, que não era cantada.
Apesar da abundante produção na antigüidade, a maior parte das tragédias gregas não sobreviveu até os nossos dias.
A impressão generalizada é de que, com o declínio de Atenas como cidade-estado, a tradição da tragédia desvaneceu. O erudito inglês Gilbert Murray usou a expressão "uma falha de nervos" na tentativa de demonstrar que, com a decadência dos assuntos externos, o alto idealismo descrito nas tragédias cedeu lugar ao ceticismo. Por outro lado, Friedrich Nietzsche, em sua obra "O Nascimento da Tragédia" (1872), aponta o otimismo deSócrates como grande responsável por desviar a atenção dos gregos das tragédias para a filosofia. De qualquer forma, do período helenístico, restou-nos pouca coisa, com destaque para a tragédia conhecida como Exagoge, escrita por Ezequiel, um judeu de Alexandria.

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Comédia


comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode estar presente em um espetáculo, história, ou até mesmo em um filme, que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.

Características

Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o cómico está baseado no facto de uma ou mais personagens serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público vai rindo cada vez mais.

Comédia grega

No surgimento do teatro, na Grécia antiga, a arte era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em suaArte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas da platéia.
A importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a todo tipo de ideia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia: governantes, nobres e nem ao menos os deuses (como pode ser visto, por exemplo, no texto As Rãs, de Aristófanes).

Atualmente

Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da indústria do entretenimento.
Assim, atualmente, não há grande distinção entre a importância artística da tragédia (mais popularmente conhecida simplesmente como drama) ou da comédia. Em defesa do gênero, o crítico de artes Rubens Ewald Filho lembra o ditado: "Morrer é fácil, difícil é fazer comédia". De fato, entre os artistas, reconhece-se que para fazer rir é necessário um ritmo (conhecido como timing) especial que não é dominado por todos.
É difícil analisar, cientificamente, o que faz uma pessoa rir ou o que é engraçado ou não. Mas uma característica reconhecida da comédia é que ela é uma diversão intensamente pessoal. Para rir de um fato é necessário reconhecer (rever, tornar a conhecer) o fato como parte de um valor humano - os homens comuns - a tal ponto que ele deixa de ser mitológico, ameaçador e passa a ser banal, corriqueiro, usual e pode-se portanto rir dele. As pessoas com frequência não conseguem achar as mesmas coisas engraçadas, mas quando o fazem isso pode ajudar a criar laços poderosos.

Wikipedia

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Aparelhos Eletrônicos e Estudo Não Combinam!


O cérebro humano, sem dúvida alguma, é a maquina mais impressionante que existe. A complexidade de seu funcionamento dá a qualquer pessoa, dedicada o bastante, a possibilidade de aprender qualquer coisa que queira!
Entretanto, a mesma complexidade que traz essas incríveis possibilidades pode pregar verdadeiras “peças” e dificultar a realização de tarefas aparentemente simples. Como assim? Paradoxalmente, o mesmo cérebro que permite um garoto a desenvolver táticas de guerra num complicado jogo online, também pode impedi-lo de manter a concentração na hora dos estudos.
Dentre várias orientações que já demos, um alerta tem fundamental importância nestes casos: A distração que aparelhos eletrônicos podem provocar. Grupos de Whatsapp, conversas e trocas de mensagem no Facebook, jogos, smartphones etc… Tudo isso, infelizmente, costuma desviar a atenção dos jovens.
Para não cair nessas armadilhas, o importante é utilizar duas grandes virtudes quando abrir os livros: determinação edisciplina. Se incluí-las na rotina pode ser algo difícil para você, não enxergamos outra saída, o jeito é desligar todos os aparelhos eletrônicos que possam, de uma forma ou de outra, prejudicar sua preparação.
“Mas não posso nem dar uma olhadinha de 5 minutos no Facebook?”
Não! Hora de estudo é hora de estudo. Pode ser realmente incômodo no começo, mas com o passar do tempo com certeza irá se acostumar. E sua atenção e concentração, é claro, agradecem.
Caso não siga essas instruções, possivelmente comprometerá a qualidade e a fixação dos conteúdos que está “tentando” estudar.