De acordo com os padrões
gramaticais, o mais correto para bolsa pequena seria bolseta, mas por
tradição a palavra que se consagrou foi boceta (talvez por ser mais
atrativa). Enfim, o significado de boceta é bolsa pequena. Pensando
nisso o Bonde das leoas resolveu fazer uma música para que todos
aprendam e nunca se esqueçam do diminutivo de bolsa.
domingo, 30 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Não é uma escola engraçada
Esta escola não é engraçada,
É muito suja e mal cuidada
Pelo prefeito que não tem zelo.
Ainda, para piorar, não tem porteiro.
Vigilante lá não tem não;
Roubaram objetos de montão.
Na hora do intervalo é um terror,
Pra cuidar dos alunos,
Não tem nem inspetor.
E pra o nosso
desgosto,
Por onde a gente, muitas vezes, passa,
A céu aberto tem
esgoto.
Ainda bem que trabalha
com amor
Essa classe sofrida chamada professor.
JSC
Pobre Poeta
Apodrecem os livros de poesias
na prateleira do poeta que partiu;
ninguém lê, ninguém vê...
Poeira, traças, moscas e mofo
fazem companhia do arsenal de riqueza
guardado com tanta delicadeza; nobreza.
Pobre poeta morto; morto do encosto
do mau gosto da massa manipulada
por palavras empobrecidas e de fácil digestão.
Lê-lo é como catar feijão,
é digerir as palavras entrelaçadas
do código de uma linguagem abandonada.
Como é tênue a sua poesia para o fino leitor!
mas, há quem não veja esplendor.
Pobre do pobre leitor.
Sem nenhuma página virada,
Esquecido ao tempo,
livro de boca fechada.
As folhas amareladas cobrem seu túmulo,
as palavras enfeitam apenas sua lápide;
caso encerrado, livro mudo.
(JSC)
na prateleira do poeta que partiu;
ninguém lê, ninguém vê...
Poeira, traças, moscas e mofo
fazem companhia do arsenal de riqueza
guardado com tanta delicadeza; nobreza.
Pobre poeta morto; morto do encosto
do mau gosto da massa manipulada
por palavras empobrecidas e de fácil digestão.
Lê-lo é como catar feijão,
é digerir as palavras entrelaçadas
do código de uma linguagem abandonada.
Como é tênue a sua poesia para o fino leitor!
mas, há quem não veja esplendor.
Pobre do pobre leitor.
Sem nenhuma página virada,
Esquecido ao tempo,
livro de boca fechada.
As folhas amareladas cobrem seu túmulo,
as palavras enfeitam apenas sua lápide;
caso encerrado, livro mudo.
(JSC)
terça-feira, 25 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Morena
Quem pra ti escreveu um poema, morena?
Quem pra ti dedicou uma canção?
Quem por ti passou noite às claras, morena?
Quem por ti chorou rios de paixão?
Quem por ti dedicou palavras nas redes, morena?
Quem por ti sentiu-se preso
na solidão?
Quem por ti sofreu a angústia da saudade, morena?
Quem pra ti já se declarou diante de um não?
Quem pra ti, vive só
por ti, morena?
Joerlândio Cordeiro
Caminho
Nesse caminho
Caminho devagar
Nesse caminho
Há tantos caminhos
Nesse caminho
Quero este caminho
Nesse caminho
Sempre haverei de amar
Nesse caminho
Sorrirei para todos que eu poder sorrir
Nesse caminho
Abraçarei cada um por mais tempo possível
Nesse caminho
Ajudarei a quem necessitar
Nesse caminho
Chorarei com os que sofrem
Nesse caminho
Vários caminhos
Nosso caminho
Fim do caminho.
Joerlândio Cordeiro
domingo, 16 de novembro de 2014
Sonho branco
Vestido por amor,
Tirado para o amor;
Antes do luxo,
Agora no lixo,
Cama de bicho.
Ruído por traças
Jogado no cisco,
Sujo e desconhecido.
Vestido branco com pérola,
Outrora uma linda
história,
Agora sem o fim de novela.
JSC
JSC
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Inversão
Madrugada, a turma da Lei Seca faz uma blitz.
- Senhor, por favor, sopre aqui.
- Sou Juiz, não vou soprar,
- Desculpe, senhor, pode ir...
Alguns minutos depois...
- Senhor, a habilitação, por favor.
- Por quê? eu sou Juiz.
- Desculpe, senhor, pode ir.
Minutos depois...
- O carro tá sem placa, o senhor não tem habilitação, está sem o documento do carro... além do mais mais, ainda está bêbado.
- Eu sou Juiz. E quem está errado aqui é você. Vou prendê-lo por desacato, injúria, difamação, obstrução de via pública...
- Me perdoe, Deus. Se eu soubesse que era o senhor, eu não tinha nem parado seu carro.
- Não tem, perdão. Amanhã, você receberá uma multa de R$ 5.000,00.
JSC
- Senhor, por favor, sopre aqui.
- Sou Juiz, não vou soprar,
- Desculpe, senhor, pode ir...
Alguns minutos depois...
- Senhor, a habilitação, por favor.
- Por quê? eu sou Juiz.
- Desculpe, senhor, pode ir.
Minutos depois...
- O carro tá sem placa, o senhor não tem habilitação, está sem o documento do carro... além do mais mais, ainda está bêbado.
- Eu sou Juiz. E quem está errado aqui é você. Vou prendê-lo por desacato, injúria, difamação, obstrução de via pública...
- Me perdoe, Deus. Se eu soubesse que era o senhor, eu não tinha nem parado seu carro.
- Não tem, perdão. Amanhã, você receberá uma multa de R$ 5.000,00.
JSC
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Putrefação da humanização
Povoa na micose do meu cérebro
Pensamento pútrido sobre
A nefasta negra cruz
O corvo que para o caixão seduz
Mesmo aquele que deseja viver.
Envolve o corpo de rama
Cava na escura lama
Mais uma cova fria para
Outra orgia dos vermes
Que querem comer.
Com a chegada do nutriente,
Os germes indiferentes
Enfeitam-se para o banquete;
Abastado ou desprovido
O corpo enrijecido serve de deleite.
Porta cerrada, depois da entrada,
Cadáver de caixa fechada,
Aberto à navalha da fome;
Em carcaça tornar-se-á
Daquilo que foi homem.
Daquilo que foi homem.
Joerlândio
Cordeiro
Dia Nebuloso
Hoje acordei, mas preferia estar dormindo,
Talvez preferisse não mais ter acordado.
Não há mais motivo para minha existência:
Enterrarei no lado frio do meu coração
Aquela que por tanto tempo amei.
Jogarei flores e rosas perfumadas,
Jogarei jasmim -- o perfume do nosso amor.
Queria ter ido contigo,
Pois assim ficaria ao teu lado,
Para sempre amar e sentir-se amado.
Hoje é um dia nebuloso para nós,
Tenho que enterrar uma parte de mim.
Vai em paz, minha amada; e eu, talvez, resistirei.
Dilacerada esta parte fica; a outra se foi.
Então o que fazer com ela, senão enterrar?
Hoje é um dia nebuloso: fim do nosso eterno amor.
Joerlândio Cordeiro
Talvez preferisse não mais ter acordado.
Não há mais motivo para minha existência:
Enterrarei no lado frio do meu coração
Aquela que por tanto tempo amei.
Jogarei flores e rosas perfumadas,
Jogarei jasmim -- o perfume do nosso amor.
Queria ter ido contigo,
Pois assim ficaria ao teu lado,
Para sempre amar e sentir-se amado.
Hoje é um dia nebuloso para nós,
Tenho que enterrar uma parte de mim.
Vai em paz, minha amada; e eu, talvez, resistirei.
Dilacerada esta parte fica; a outra se foi.
Então o que fazer com ela, senão enterrar?
Hoje é um dia nebuloso: fim do nosso eterno amor.
Joerlândio Cordeiro
É não é
Nem todo o riso é alegria
Nem todo o conto é fantasia.
Nem todo o quadro é beleza
Nem todo o choro é tristeza
Nem todo o rei é realeza.
Nem todo o silêncio é esquecimento
Nem todo o tempo é
momento
Nem toda a dor é sofrimento.
Nem toda a fome é por comida
Nem toda a sede é por bebida
Nem toda a
palavra é pra ser dita.
Nem toda a esposa é
uma mulher
Nem toda a crença é
fé
Nem tudo é o que é.
Joerlândio Cordeiro
Vassala
Bruto o que assim te
fez
Arrancando mais um
filho teu
Carregado pelo
próprio rei.
Embriagada nestas trevas
Sustentada não sei pelo o quê
Despida de sua beleza
Caminha sem nada ver.
Escrava do dia e da noite
Que nem sombra consegue ter
Isolada de todos os
outros
Soturna até o
amanhecer.
A rainha branca voltou
Diferente do olho abrasador
Do insolente que teu
filio arrastou
Traz-te unguento, alivia
a dor.
Madruga com a ancila
Até o majestoso
voltar
e de forma grandiosa
Sua cria a ela novamente dá.
Joerlândio Cordeiro
Funeral do Amor
Apaguem o sol
Empacotem a lua
Desliguem as estrelas
Calem as crianças
Silenciem os tambores
Desliguem os rádios
Tirem do leão a presa
Privem a água do peixe...
Pensava que o amor
era eterno;
Chame o coveiro,
E enterre-o na
cova de minha dor.
Joerlândio Cordeiro
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Temas de Redação que podem cair no Enem 2014 – Violência
1) A interferência do sistema carcerário na violência brasileira
Há muitas críticas sobre o
policiamento e o sistema carcerário brasileiros. Esse tema já apareceu
em filmes como Carandiru e Tropa de Elite, mostrando, inclusive, que a
maneira de combater a violência urbana no Brasil é também violenta e
induz a mais violência. Uma reflexão sobre esse tema é uma possível
proposta de redação, não acha?
2) O combate à violência através da justiça com as próprias mãos
No início deste ano, houve uma
onda de linchamentos no Brasil, uma espécie de justiça com as próprias
mãos que pode ser interpretada como descrença com a segurança do Estado
ou retrocesso de civilização. Argumentar sobre esse fato seria uma
maneira de refletir se esse método é capaz de combater efetivamente a
violência ou se apenas a aumenta.
3) Violência verbal: os limites entre liberdade de expressão e discurso de ódio
Além da violência física, existe
a verbal que pode ser manifestada através de piadas, bullying,
xingamentos, etc. Muitas vezes, esse tipo de violência se mascara como
liberdade de expressão. A diferença entre a real liberdade de expressão e
o discurso de ódio é um possível tema de redação. Se não for, também
vale se atentar a isso em decorrência da importância da proposta de
intervenção. Veja aqui a explicação de nossa colunista de redação.
4) A relação do tráfico de drogas com a violência urbana
Incontestavelmente, o tráfico de
drogas é uma das maiores causas de violência no Brasil. Inclusive,
muitos defensores da legalização da maconha utilizam esse argumento.
Drogas e violência são dois assuntos muito em pauta. A relação existente
entre eles é um tema de redação possível! Que tal ver alguns índices
que correlacionem esses assuntos?
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