sexta-feira, 28 de junho de 2013

OS SOTAQUES NA LÍNGUA PORTUGUESA

Direto de Portugal
O nosso idioma nasceu quando os portugueses chegaram ao Brasil, na época do descobrimento, em 1500. Ao longo dos anos, o jeito de falar foi mudando bastante por causa da mistura dessa língua com as de outros povos, como indígenas, africanos e europeus. Ainda hoje o nosso modo de falar continua a passar por mudanças por causa da convivência com pessoas de outros países e até das pronúncias diversas que ouvimos no rádio, na TV e no cinema.
Quanta diferença!
Apesar de o idioma oficial do Brasil ser o português, você já reparou que em algumas regiões as pessoas falam de um jeito diferente do seu? É que cada estado tem um sotaque próprio, ou seja, uma forma diferenciada de pronunciar as palavras. Por exemplo, os mineiros falam de um jeito mais cantado. Já os baianos de uma forma mais arrastada.
Português com sotaque
Rio de Janeiro
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O “S” puxado (quase um “X”) tem influência da família real portuguesa. Quando os nobres se mudaram para a cidade, em 1808, todo mundo queria falar como eles.
Minas Gerais
Lá as pessoas costumam falar diminutivos, substituindo o “inho” por “im”: “mineirinho” vira “mineirim”. Além dos portugueses, a fala dos mineiros teve influência do sotaque de outros estados brasileiros, principalmente de São Paulo, Pernambuco e Bahia.
São Paulo
Na capital deste estado, as pessoas falam o “R” de um jeito bem abafado e engraçado, uma herança direta dos imigrantes italianos. Já no interior, ele ficou bem acentuado por influência do idioma indígena da região.
Pernambuco
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Os holandeses passaram muito tempo na região e deixaram como herança a forte pronúncia do “R”, que parece vir do fundo da garganta.
Bahia
O sotaque nasceu da mistura de povos estrangeiros e brasileiros. O “S” assobiado veio de São Paulo e Minas Gerais; e o “R” arrastado, dos cariocas. E os baianos adoram trocar o som de “G” pelo som de “X”, como em “oxente!”
Santa Catarina
A fala cantada e a troca do “E” pelo “I” têm influência direta dos portugueses da ilha dos Açores, principais colonizadores da região.
Consultoria: Maria Filomena S. Sândalo (professora do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp).

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